Não quero mais a neutralidade. Quero assumir minha realidade e me expor e vencer o medo de errar que bloqueia o movimento e a criação. Quero pecar por excesso.

Esse blog é isso. Um exercício de Libertação.








terça-feira, 6 de abril de 2010

Sessão nostalgias da minha infância 1

Depois de quatro dias de Páscoa, enclausurada por razões climáticas, com meu amore no nosso pequeno grande apartamento, adivinha quem é que apareceu? Exatamente no dia seguinte do fim do feriado, quando todas as pessoas, menos eu, devem voltar a trabalhar? Observação: Aqui existe também segunda-feira de Páscoa e é feriado. Quem é que deu as caras? Ele mesmo, o Sol.
Imagino que você já sabia, pois tenho plena consciência da freqüência com que ultimamente falo sobre essas coisas da natureza e isso vem da minha atual carência (para não dizer desespero) por dias bonitos de calor.
Pois então... foi mais uma vez na beira do Meu riozinho insuportavelmente transparente, enquanto eu fazia fotossíntese, que muitas lembranças da minha infância em Matão dominaram os meus pensamentos e
meu coração se encheu de uma alegria gostosinha. (Engraçado... minha infância tem aparecido na memória cada vez mais romântica e com um tom meio amarelado de foto antiga. Sério. A frase ficou tão bonita que até parece mentira poética, mas é pura verdade Jaquelina).
Hoje eu quero inaugurar minha sessão nostalgias da infância Jaquelina:
Local: Matão
Atividade: cavocar o quintal da vó com colher de sopa
Personagens: Eu, Marina, Carillo e Juca às vezes
Era o mais freqüente e talvez um dos mais divertidos dos meus prazeres infantis. Eu e minha irmã, mal descíamos do carro e já estávamos lá nos fundos para começar a escavação. Logo chegavam os outros.
Meus avós moravam em uma casa com um quintal gigante, que para nós crianças era uma verdadeira floresta. Haviam muitas árvores e duas garagens abarrotadas de cacarecos divertidos do meu avô.
Para a operação, usávamos baldes de água para amolecer a terra e muitas, muuuuitas colheres de sopa de metal da gaveta da minha avó. Guiados por objetivo nenhum e com uma fome insaciável de fazer buracos, cavocávamos como loucos o dia inteiro, sem pausa para descanso. Não precisávamos de porquês , isso era coisa de adulto. Nós éramos felizes e plenos no ato de cavocar.
Lembro de uma vez, essa sim com meta definida, que o Junior quis fazer uma pista para a bolinha de gude e nós cavocamos tudo. Tudo mesmo. No final do dia não havia meio metro quadrado sem buraquinho e obstáculos para as bolinhas. Uma verdadeira obra-prima! Não tão verdadeira diante dos olhos do meu avô, que quase morreu de susto quando saiu pela porta do quintal e se deparou com a superfície lunar bem no meio do seu quintal, em volta da goiabeira e do recém-plantado pé de mamão.
No fim do dia, cansados, os monstros de lama deixavam o pântano porque era chegada a hora de tomar banho. E então se iniciava outro evento extremamente divertido: a casa da vó tinha banheira!!! De escavadores virávamos peixes e só saíamos quando os dedos viravam uvas-passas beeeeem passadinhas.
Para finalizar o dia de trabalho árduo: sopa capelletti com coxinha! HUMMMMMM


Obs: A revisão ortográfica do Word insiste em me dizer que é CavoUcar e não cavocar. Meu Deus, não pode ser!!! Não consegui me adaptar. Dessa vez optei pelo errado mesmo.

Um comentário:

  1. eu nao brincava pq ja era grandao, mas lembro da alegria do vô!!! hehehe . Fer.

    ResponderExcluir