Não quero mais a neutralidade. Quero assumir minha realidade e me expor e vencer o medo de errar que bloqueia o movimento e a criação. Quero pecar por excesso.

Esse blog é isso. Um exercício de Libertação.








terça-feira, 15 de setembro de 2009

Mais um comercial de T.V

Aqui na Alemanha eu tenho uma desculpa para ver T.V a noite (praticar meu alemão). E eu estou descobrindo um mundo de propagandas muuuuito boas. Olha essa que genial (não sei se passa ou não no Brasil). A kra de acelerado do homem de chocolate me lembra a bailarina do Gustavo no Números, que o Doug zuava de cheirada!!! uahauhaua

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O COMERCIAL

Aquele que eu falei no post lá em baixo, que eu vi no orkut da Lú e lembrei que eu adoro!!!

domingo, 6 de setembro de 2009

Comentário

NOSSA QUE POSTÃO!!! (o de baixo)
Até assustei com o tamanho. Isso vai espantar meus leitores. A atualidade não comporta mais textos longos. Agora a moda é Twitter.

EX: Chuva. Fome. Comi uma pizza e acho que agora vou fazer cocô.

A objetividade no seu grau máximo.

Ele voltou!!!

O que não pode acontecer é isso. Achar as coisas normais.
Eu estava relendo meu caderninho, o primeiro dia que eu cheguei na Alemanha. E tudo era tão novo, tão poético, tão lindo.
Agora eu estou aqui a quase 9 meses. Estou super feliz, bem adaptada, enfrentando a saudade como gente grande, moro num apê legal, tenho um marido maravilhoso, meu alemão melhorou, faço academia, tenho um mini job. Tá tudo lindo.
E eis que de repente bateu uma angústia. Foi ele, o teatro. Faz um pouco mais de 9 meses que nos separamos (pq antes eu parei pra casar). Na verdade faz exatamente 1 ano que eu dei um tempo com ele. E tava até preocupada pq estava indo muito bem. Tava preocupada pq uma vez eu li no livro do Rilke, que o verdadeiro artista não pode viver sem o seu ofício. E eu não tava sentindo falta desse bendito. Tava até ansiosa, pra ver quanto tempo ele ia demorar pra me procurar. E se não me procurasse mais? Bom... nem preciso pensar nessa hipótese, pq a verdade é q ele voltou. UFA!
Faz alguns dias que estou sentindo um impulso desesperado aqui dentro de criar alguma coisa. QQ coisa. Um texto. Um vídeo. Escrever um monólogo. Sei lá. Mas foi só hoje a noite que eu me dei conta. Minha alma pede arte. É sério. Que coisa doida. Eu percebi que nada mais estava me tocando, como se eu tivesse perdido a sensibilidade artística, como se as coisas só fossem as coisas e não outras coisas (Eu tava vendo só pedra mesmo). Não que eu estivesse triste, não tenho problema nenhum com as pedras. Mas ás vezes a gente liga o automático, vai vivendo e esquece de notar os acontecimentos. Só passa por eles e pronto. E eu acho que a gente precisa notar as coisas, pq por ex. de que adianta vc viver um negócio genial, se depois não se lembra daquilo? Pra que serviu?
Tudo isso pq eu vi no blog da Lú Fazan um comercial que eu adoro aqui da Alemanha e q ela colocou na página dela. Poxa, eu adoro aquele negócio, é lindo, é poético, me faz bem e eu só fui me dar conta depois que alguém parou e me mostrou aquilo de novo. Isso sempre acontecia com o Mallet. Eu já tinha ouvido a frase, mas ela só ficava genial, depois que ele chamava a atenção. Poxa, será q eu sempre vou perceber as coisas só depois que alguém me lembra delas?
Mas... enfim...
Eu quero voltar a me espantar com as coisas!!!
E eu preciso fazer algo que me torne uma artista melhor. 3 anos e meio sem teatro é muito tempo. Eu não posso dar uma pausa no meu ser artístico. Depois não vai dar tempo de eu fazer tudo o que quero, assitir tudo o que quero e ler tudo o que quero. A vida é muito curta.

E o mais legal é que eu senti que preciso. Se não minha vida fica sem sentido maior. Quero marido, quero filhos, mas também quero essa coisa que não me deixa me sentir morna. Isso que me faz sentido. Faz sentido. Faz a vida, a minha vida, ter sentido. E eu não sei explicar como, nem porquê.
E se não der pra fazer teatro aqui, que seja pra ler os clássicos. Criar material pra quando eu voltar, ter sobre o que falar. Melhorar meu instrumento de trabalho. Aumentar essa cabeça Jaquelina. Fazer cursos. Fazer coisas que eu não teria tempo no Brasil. Curso de fotografia.

Qual é o meu grande tema?
O mais engraçado é que quanto mais estudo, mais eu esqueço das coisas. Fui reler uns capítulos de um livro do Pavis e estava tão difícil de entender como da primeira vez que eu li. Como se na verdade, eu nunca tivesse lido. Eu não me lembro nem de metade das peças que li durante a faculdade. E eu continuo estudando que nem uma louca. Isso me faz feliz. Vai entender.
Ai ai. Agora me diz, o que é que eu vou fazer quando eu conseguir falar bem alemão?? Parece que eu tenho estudado tanto que até me esqueci porque eu estudo tanto. Na verdade eu esqueci. Posso inventar: Pra dar aulas no Brasil e ganhar um dindin? (Nossa... muuuito pouco) Pra viver bem na Alemanha? (Pouco)
Pra poder fazer uns cursos por aqui? (melhorou)

O que eu não posso pensar: Que, depois q eu voltar pro Brasil, se eu parar algum tempo de exercitar o alemão, ele vai embora. O que significa que eu vou ter que carregar esse branquelo dos zóio verde nas costas pra sempre. Pq perder todo esse tempo de dedicação é q eu não vou.
Esse post tá uma zona. Ótimo. Pq é assim que minha cabeça está. E seu eu escrevesse de forma clara, poética e objetiva na primeira tacada, eu seria um gênio. E graças a Deus eu não quero ser tanto. Só atriz.