Não quero mais a neutralidade. Quero assumir minha realidade e me expor e vencer o medo de errar que bloqueia o movimento e a criação. Quero pecar por excesso.

Esse blog é isso. Um exercício de Libertação.








quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Natal na Alemanha

Ontem foi a primeira neve do "ano". Eu digo, desse inverno. Daquela que só cai e some ao entrar em contato com o chão.
Como a menininha que eu cuido estava doente, não precisei trabalhar e passei um dia agradabilíssimo no calorzinho do meu lar fazendo decorações de Natal nas janelas com spray de neve. Ficou Lindo! Aí está a foto para provar :)


O clima natalino está no ar e apesar de eu ser uma inimiga declarada do frio, devo admitir que ele combina perfeitamente com essa data.

As tradições natalinas aqui são mais fortes que no Brasil e como estou completamente envolvida por essa atmosfera "vela-neve-canela", decidi citar algumas delas:
* Começando pelas deliciosas feirinhas de natal (Weihnachtsmarkt). Toda cidade, por menor que seja, tem uma. São dezenas de barraquinhas ao ar livre, onde você pode comprar enfeites de Natal, tirar uma foto com o papai Noel, comer uma salsicha e, quando seus ossos estiverem quase congelados, tomar um Gluhwein na canequinha azul, uma espécie de vinho quente deleceosso!!! A de Freising começa amanhã. HUMMM
* Weihnachtsplätzchen: os biscoitinhos amarelinhos com formas divertidas que as mães assam e as crianças decoram. Na casa de uma das famílias onde eu trabalho fica um pote gigante em cima da mesa cheinho deles. Todo dia como um diferente escondido... hehe Lembro até hoje de quando moramos nos Estados Unidos e a mama também assou biscoitos lindos, que eu enfeitei toda alegrinha. Obrigada mãe pela infância colorida que você me proporcionou! Minha saudade é tanta que decidi fazer o mesmo por aqui e no domingo passarei a tarde na cozinha. Sozinha. Mas com o coração cheio de gratidão por ser tão feliz e ter uma família tão maravilhosa!!! Abaixo a foto de 1990:

* Falta ainda citar o Lebkuchen, um tipo de bolinho pão-de-mel que só vende essa época do ano
* e o Advent Kalender, um calendário divertido do mês de dezembro formado por 25 janelinhas. Em cada uma delas fica um chocolate e assim faz-se a contagem regressiva para o natal!
Curiosidade: A sorveteria animada do verão vira loja dessas coisas agora no fim do ano!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Sutileza

Feijão para os brasileiros! Chucrute para os alemães!
O efeito é o mesmo.
A única diferença é que nossas casas são mais ventiladas!
Pegô?

Quem é quem?

A criatividade pode ser facilmente considerada loucura pelos olhos limitados.

Como se sabe que um é louco e não o outro que é limitado?

Piadinha da net

Se Harry Potter fosse brasileiro, a banda preferida do Voldemort seria Inimigos da HP!
rsrsrsrsrs

Agradeço pq batem palmas ou batem palmas pq agradeço???

Quando fui assistir Pina Bausch fiquei espantada com o tempo de duração dos aplausos. Foram mais de 10 minutos contínuos de palmas. Quando eu achava que tinha acabado e o palco se esvaziava, um infeliz voltava a aplaudir, contaminava o restante da platéia e lá vinha o elenco exausto mais uma vez para agradecer. Um ciclo sem fim! Fiquei até com dor no braço, sem exagero! Mas tudo tinha sentido. Apesar de não ter sido o espetáculo da minha vida, era nada mais nada menos que o Tanz Theater Wuppertal.
Aí, uma outra vez, fui assistir na faculdade de cênicas de Munique uma peça russa. Ruinzinha de doer. Só pra vc ter uma idéia, o cenário era composto por váaaaaarios bichos de pelúcia. Nesse dia eu conclui que a coisa menos cênica que existe no planeta Terra é o bicho de pelúcia. Chega a dar ojeriza (hahaha ojeriza é tenso hein? Palavrinha engraçada).
Mas... voltemos ao nosso tema. Não é que a epopéia dos aplausos sem fim se repetiu? Fiquei intrigada. Será que as pessoas acharam mesmo que essa peça foi tão boa assim? Ou será que o aplauso aqui não é um termômetro e se aplaude tanto pq é automático, costume, tradição?
O tempo passou e não pensei mais nisso.
Até que ... 2 semanas atrás ensaiamos nosso agradecimento! Meu DEEEEEUSSSS!!! A coisa não acaba nunca!!! Agradecemos 2 vezes todos juntos de mãos dadas, depois agradecemos um por um lá na frente (detalhe: somos 16), depois agradecemos em grupinhos de 3 e 2 e, para finalizar, mais 2 vezes todos juntos.
É verdade que esse momento de receber aplausos é talvez um dos mais gostosos do acontecimento teatral, mas aqui é tão exagerado que algo parece estar fora do lugar.
Nossas 2 primeiras apresentações, cheias de amigos e familiares, foram um sucesso. O pessoal riu muito e aplaudiu com prazer no fim. Foi delicioso. Já na apresentação de domingo, o público foi bem frio e silêncioso. E o que aconteceu? Nada de diferente. Agradecemos infinitamente do mesmo jeito que nos outros dias. Sinceridade pra quê?? Eu agradeço 10 minutos e vcs... VCS VAO TER QUE ME APLAUDIR!!!!
Ui
E pensar que na época do Shakespeare os atores levavam tomatadas! De fato a civilização passou a ser muito mais educada. E menos sincera :(

Banksy

Banksy é artista de rua britânico, cujos trabalhos em stencil são facilmente encontrados nas ruas da cidade de Bristol. Numerosas manifestações de Banksy também são encontradas na capital britânica, Londres.

Nascido em Bristol, Inglaterra, Banksy iniciou cedo sua carreira: aos 14 anos foi expulso da escola e preso por pequenos delitos. Sua identidade é incerta, não costuma dar entrevistas e fez da contravenção uma constante em seu trabalho, sempre provocativo. É um artivista declarado, e uma das principais marcas de seu trabalho é a criação de pequenas intervenções que geram grandes repercussões. Suas obras são carregadas de conteúdo social expondo claramente uma total aversão aos conceitos de autoridade e poder. Em telas e murais faz suas críticas, normalmente sociais, mas também comportamentais e políticas, de forma agressiva e sarcástica, provocando em seus observadores, quase sempre, uma sensação de concordância e de identidade. Apesar de não fazer caricaturas ou obras humorísticas, não raro, a primeira reação de um observador frente a uma de suas obras será o riso. Espontâneo, involuntário e sincero, assim como suas obras.

O que é um stencil?

Chamado também de molde vazado, é uma técnica usada para aplicar um desenho ou ilustração de qualquer forma ou imagem, através da aplicação de tinta, aerosol ou não, através do corte ou perfuração em papel ou acetato. Resultando em uma prancha com o preenchimento do desenho vazado por onde passará a tinta. O estêncil (português) obtido é usado para imprimir imagens sobreinúmeras superfícies, do cimento ao tecido de uma roupa.

É uma forma muito popular de grafite. De aplicação rápida e simples, seu uso reduz o risco implícito na execução de inscrições em locais não permitidos.

Wikipédia



London


Só mais duas coisas:
London não é uma cidade povoada pelos homens do Magritte correndo apressados para todos os lados como eu pensava!
É verdade que as chaminés das casas são as mesmas do filme da Marie Poppins! Quem lembra daquela dança nos telhados?



sábado, 20 de novembro de 2010

Nem tão Big assim!

O Big Ben não é tão grande como parece no desenho do Peter Pan! É sem dúvida lindo, mas metade do tamanho que eu imaginava.


O espetáculo ficou por conta da Tower Bridge à noite :)



Shakespeare´s Globe Theatre


Foi emocionante ver com meus próprios olhos o teatro de que tanto ouvi falar nas aulas de cenografia na Uni e vi no filme "Shakespeare apaixonado". Até descobri que o filme não foi rodado lá e que o cenário era uma réplica.

Fiquei morrendo de vontade de voltar para Londres no verão e assistir um espetáculo nesse lugar tao especial, às margens do rio Tâmisa. Como a estrutura é a céu aberto, a temporada se limita aos meses quentes do ano: abril a outubro (amigos queridos, entendam por quente algo como dias suportáveis ao ar livre).

Gostaria de assistir de pé, junto com os pobres reles mortais , como era antigamente. Eu sei que 2 horas sem sentar cansa, mas a experiência de se vivenciar uma viagem no tempo vale o sofrimento!

Quem ficava nos camarotes eram os nobres, que pagavam fortunas mais para serem vistos do que de fato para verem, pois a visão do palco é a pior que se tem em todo teatro.

O público participava ativamente das apresentações, gritava, chorava, uivava e atirava coisas quando algo não era do seu gosto. A guia nos contou que muitas vezes o povão fazia xixi ali mesmo, no meio de todos. Já os ricos pagavam para alguém lhes trazer umas espécie de cortininha com pinico e faziam suas necessidades confortavelmente sem se quer sairem de seus lugares! Coitado do empregado que levava o baldinho recheado embora, rezando para não tropeçar!

O teatro não se restringia a classe intelectual como hoje. Era a televisão da galera!!!

E agora vem algo intrigante. Estariamos nós emburrecendo? O povo que assistia era um tanto quanto sem educação (no sentido dos bons modos) e, no entanto, adorava Shakespeare com sua linguagem difícil. Quer dizer que talvez para eles nao era tão difícil assim, não é?

Estamos apresentando "Muito barulho por nada" aqui em Freising e devo dizer que apesar da nossa versão ser simplificada, muita gente ainda não entende ou não tem paciência para a poética de Shakespeare.

Será que a tendência do mundo é simplicar as coisas de uma forma tão absurda que dentro de alguns anos não existirá mais profundidade poética?

Silêncio pensativo.

Enfim... outra curiosidade é que na época só homens podiam atuar. O que significa que os personagens femininos ficavam submetidos às delicadezas masculinas. Alguém já imaginou um drama sério com o Gustavo e seu pulover natural no personagem da Julieta? Poe licença poética nisso!!!

Quem faz o tour guiado pelo teatro também pode ver uma exposição que conta um pouco a sua história, com figurinos antigos, fotos, maquetes, etc...

Abaixo seguem algumas informações:

* O Globe original foi construído em 1599 em Bankside, para os Chamberlain´s Men, a companhia de atores a que pertencia William Shakespeare.

* Em 1613 um canhão de palco, durante um espetáculo, fez o telhado de colmo pegar fogo. As chamas arrasaram o teatro.

* Foi construído um segundo Globe no mesmo local. Este permaneceu como a casa da companhia de Shakespeare até o fechamento de todos os teatros por parte da regência Puritana da Inglaterra em 1642. Abandonado, o teatro foi demolido em 1644.

* O projeto de reconstrução foi iniciado pelo ator, diretor, produtor americano Sam Wanamaker. De visita a Londres em 1949, ele decepcionou-se ao descobrir que a única homenagem a Shakespeare no local do Globe era uma placa na parede de uma cervejaria.

*Após 23 anos de uma incansável recolha de fundos, Sam faleceu, numa altura em que a construção do centro se encontrava já adiantada.

* Em 1997, três anos e meio após sua morte, a obra estava concluída. A reconstrução permanece tão fiel ao original quanto a pesquisa moderna e o artifício tradicional o permitem.


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Arte

Não conheço melhor definição da palavra arte do que essa: "A arte é o homem acrescentado à natureza"; à natureza, à realidade, à verdade, mas com um significado, com uma concepção, com um caráter, que o artista ressalta , e aos quais dá expressão, "resgata", distingue, liberta, ilumina.

Van Gogh

Experimenta! Experimenta! Experimenta!

CONHECER! EXPERIMENTAR! ENCONTRAR! APRENDER! EXPANDIR!

Uma vida guiada por essas palavras nunca será sem sentido!

É engraçado como somos levados pelo fluxo. Você realmente leu cada palavra acima? Experimentou o que cada uma causa em você? Encontrou o que cada uma significa?

Estou tendo um caso de amor obsessivo com o mundo! Eu quero o mundo! Cada segundo e o todo! Preciso cada vez mais! Quero engolir o mundo!
Quero vivenciar intensamente a descoberta de um novo sabor, no caso abóbora refogada, quero ver com o coração as outras culturas, quero expandir e virar um gigante que quanto mais cresce mais quer crescer! Quero ter a clareza para enxergar tudo o que se passa à minha volta.

Às vezes eu tinha uma sensação de culpa por não estar vendo tanta arte quanto eu gostaria. E agora, depois de 10 minutos de meditação virada pro Sol, eu parei pra pensar o quanto de coisas eu vivenciei de verdade nesse mundo tão longe de casa, o quanto conheci, o quanto ME conheci, o quanto expandi.
1 ano e 10 meses depois e estou completamente adaptada. Será que tudo na vida demora mais ou menos esse período? Será que quando eu voltar precisarei de mais ou menos esse tempo para me readaptar?
Há alguns meses atrás ficava angustiada de pensar que quando eu me adapto tudo muda de novo: a faculdade, a Alemanha, a volta!
Mas que bom... pq eu vou crescendo enquanto isso! Tenho a oportunidade de crescer em todas as direções. Quando eu me dedicaria no Brasil a aprender a Língua alemã?
Aqui eu conheci a meditação, as Tulipas, o silêncio do frio, o povo alemão, o trabalho por dinheiro, o prazer de não ter carro, a magia do Natal com neve, o sorvete italiano, as crianças, as viagens!
Tanto taaaaanto taaaanto!
Quando eu voltar preciso viajar pelo meu país. Conhecer melhor meu povo, nossas cores, nossa cultura. Conhecer no sentido de experimentar, não no sentido de ler no livro ou assistir no documentário do Darcy Ribeiro.
Tudo está lindo e as mil maravilhas! E muito disso se deve ao fato de que daqui a 2 semanas será minha estréia! O meu reencontro com o teatro está sendo maravilhoso! Parece que eu dei uma purificada da crítica desconstrutiva. Estou tão feliz de estar no palco de novo que todo o resto virou detalhe :)
Então pra finalizar. De novo as palavras-chaves:

CONHECER! EXPERIMENTAR! ENCONTRAR! APRENDER! EXPANDIR!


Deixa entrar na sua cabeça! O que te interessa?

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Eat Pray Love

Uma piadinha italiana que a Julia Roberts conta no filme "Eat, Pray, Love"

Um homen vai à Igreja todo dia e reza na frente da estátua de um grande santo, implorando:
-Querido Santo, por favor, por favor, por favor faça eu ganhar na loteria!

Até que um dia o Santo toma vida, olha para baixo pro homem e responde:
-Meu filho, por favor, por favor, por favor compre um ticket!

domingo, 24 de outubro de 2010

Trechos de "Cartas a um jovem poeta"- Rilke

(...) No fundo, só essa coragem nos é exigida: a de sermos corajosos em face do estranho, do maravilhoso e do inexplicável que se nos pode defrontar. Por se terem os homens revelado covardes nesse sentido, foi a vida prejudicada imensamente. As experiências a que se dá o nome de "aparecimentos", todo o pretenso mundo "sobrenatural", a morte, todas essas coisas tão próximas de nós têm sido tão excluídas da vida, por uma defensiva cotidiana, que os sentidos com os quais as poderíamos aferrar se atrofiaram. Nem falo em Deus. Mas a ânsia em face do inesclarecível não empobreceu apenas a existência do indivíduo, como também as relações de homem para homem, que, por assim dizer, foram retiradas do leito de um rio de possibilidades infindas para ficarem num ermo lugar da praia, fora dos acontecimentos. Não é apenas a preguiça que faz as relações humanas se repetirem num tão indizível monotonia em cada caso; é também o medo de algum acontecimento novo, incalculável, diante do qual não nos sentimos bastante fortes.
(...)

Também não se deve assustar, caro sr. kappus, se uma tristeza se levantar na sua frente, tão grande como nunca viu; se uma inquietação lhe passar pelas mãos e por todas as ações como uma luz ou a sombra de uma nuvem. Deve pensar então que algo está acontecendo em si, que a vida não o esqueceu, que o segura em sua mão e não o deixará cair. Por que deseja excluir da vida toda e qualquer inquietação, dor e melancolia, quando não sabe como tais circunstâncias trabalham no seu aperfeiçoamento? (...) Desejava algo melhor do que tranformar-se?

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Rainer Maria Rilke

A obra-de-arte, ser misterioso, precisa mais de amor do que compreensão para revelar seus segredos.Nei Duclós. Introdução de "Cartas a um jovem poeta".

Não busque por enquanto respostas que não lhe podem ser dadas, porque não as poderia viver. Pois trata-se precisamente de viver tudo. Viva por enquanto as perguntas. Talvez depois, aos poucos, sem que o perceba, num dia longínquo, consiga viver a resposta.Rilke

Eu e Tato

Amar é sentir-se plena na companhia silenciosa.
Cada um na sua bolha, fazendo as suas coisas, aconchegado na tranquilidade quentinha de saber que se está só e acompanhado.
Lar doce lar!

Que escuroooo!

Hoje amanheceu um dia tão escuro que eu acho que Deus esqueceu de acender a Luz.

sábado, 16 de outubro de 2010

Alguns grafites legais dos Gêmeos

Esse é genial! Parece que a figura é 3D de tão bem feita! Esse trabalho eles fizeram em parceria com o grafiteiro italiano Blu em Portugal. Cobriram praticamente um prédio inteiro, localizado na Av. Fontes de Melo , em Lisboa.
Esse é o mesmo prédio da foto de cima visto do outro lado.


Metalinguagem pura!


Frase no muro de Berlin


Every Snowflake claims Innocence in an Avalanche!

O Free tour alternative Berlin

Foi muuuuito legal. É interessante ver algumas coisas a mais do que os prédios conhecidos e tradicionais.
Nosso guia era bem maluco com cabelo todo punk e vários anéis.
Começamos falando um pouco sobre a cultura da grafitagem e dos lambe-lambes (stickers). Ele nos levou numa parede muito maluca cheinha de Stickers (que não são ilegais) e contou várias histórias relacionadas a essas práticas.
A mais interessante foi a da Linda.
Um artista saiu por aí colando lambe-lambes com mensagens de amor para uma tal de Linda: -Linda volta pra mim! Eu te amo!

-Linda estarei sempre te esperando nesse café a tal hora!
-Linda me dá uma chance!
Depois de um tempo, outras pessoas começaram a colar mensagens também:
-Linda, dá uma chance pra ele!
-Linda, eu queria ter um homem que me amasse igual ele te ama!
Etc...
Isso cresceu e por toda a cidade viam-se recados para Linda! As pessoas iam ao Café, que passou a ficar sempre lotado, procuravam pelo casal e nunca encontravam ninguém. Até num programa de rádio passou-se a debater o assunto. Até que um dia o artista foi ao programa e revelou que não existia nenhuma Linda. Disse que tinha criado toda essa história como forma de arte e agradeceu pela atenção de todos.
Achei interessante pela mobilização que causou nas pessoas da cidade. Parece que por um instante cada um saiu de sua rotina para olhar o outro. Como se o homem acordasse por alguns segundos no meio da sua corrida para pegar o metrô que sairá em meio minuto e recebesse um estímulo do desenho, sentisse uma sensação, uma cutucada, qualquer coisa.
Cultura? Subcultura? Vandalismo urbano?
Dei uma olhadinha no Wikipédia para entender melhor:
Atualmente o grafite já é considerado como forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais, mais especificamente, da street art ou arte urbana- em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade.

Normalmente distingue-se o grafite, de elaboração mais complexa, da simples pichação, quase sempre considerada como contravenção, visualmente agressiva,
contribuindo para a degradação da paisagem urbana – enfim, mero vandalismo desprovido de valor artístico ou comunicativo. Costumam ser enquadradas nessa categoria as inscrições repetitivas, bastante simplificadas e de execução rápida, basicamente símbolos ou caracteres um tanto hieróglifos, de uma só cor, que recobrem os muros das cidades. A pichação é, por definição, feita em locais proibidos e à noite, em operações rápidas, sendo tratada como ataque ao patrimônio público ou privado, e portanto o seu autor está sujeito a prisão e multa. O grafite atualmente tende a ser feito em locais permitidos ou mesmo especialmente destinados à sua realização.
Não há, entretanto, parâmetros objetivos para a distinção entre uma forma e outra. Ambas utilizam basicamente as mesmas técnicas de execução, os mesmos elementos de suporte e podem conter algum grau de transgressão. Ambas tendem a alimentar discussões acerca dos limites da arte, sobre arte livre ou arte-mercadoria, liberdade de expressão, mas também sobre "quem vai limpar o meu muro e onde está a polícia?".

Em geral, a convivência entre grafiteiros e pichadores é pacífica. Muitos grafiteiros foram pichadores no passado, e geralmente os pichadores não interferem sobre paredes grafitadas.


Confesso que quando os lugares são muito pichados sou afetada negativamente pela poluição visual. Não sou a favor de se sair pichando tudo por aí. Em compensação alguns dos grafites (não piches) que nós vimos fizeram realmente bem para o lugar onde se encontram. Por exemplo, uma casa maluca (ver foto) que movimentou a rua, trazendo muitos interessados para dar uma observada. Ou mesmo o local onde está o muro. As pinturas na East Side Gallery deram tal importância para o local, que os terrenos da região foram valorizados.
Ouvimos também sobre alguns outros artistas que criaram personagens e os desenharam ao longo de toda a cidade nos lugares mais inusitados. É impossível dizer que quem conhece a figura não vai dar risada ao encontrá-la no metrô ou ao lado de uma propaganda política da Angela (chanceler da Alemanha). É divertido, mas nesse caso, entramos na discussão da degradação do patrimônio público, já que essas figuras são pintadas em lugares proibidos. Tema complexo.
Não tenho opinião formada a respeito do tema, mas sei que depois desse tour nunca mais verei um grafite da mesma maneira.


Nosso Guia maluquete!

A parede de lambe-lambes!



A casa todinha grafitada!


Esse desenho é muito curioso. O artista resolveu interagir com a tecnologia da cidade e pintou esse astronauta. A idéia ficou genial porque à noite, devido a sombra do prédio ao lado, que se não me engano é uma loja de carros toda iluminada, reflete-se exatamente na mão da figura a bandeira que fica no alto do estabelecimento!

Nosso tour maluco ainda seguiu para um museu de adesivos, uma galeria de artes com super-heróis estilo quadrinhos, para uma estação de trem abandonada que virou balada, pista de sk8 e escalada, uma prainha Jamaicana ao lado do rio e finalmente para a casa de um senhor que mora na árvore a mais de 20 anos.
Essa área ficava numa parte de encontro dos muros, formando uma zona negativa. Apesar de se situar no lado socialista, pertencia ao setor capitalista, pois a fronteira passava além do muro. Um senhor decidiu fazer ali uma horta e se apropriou do lugar. Naturalmente que isso gerou a maior confusão e ele recebeu ameaças e ordens de despejo por parte dos socialistas, enquanto os capitalistas diziam que ele poderia ficar, já que aquela área os pertencia. No fim das contas, descobriu-se que a terra pertencia à Igreja, situada logo atrás e que quem decidiria o impasse seria a própria. O senhor recebeu de presente aquela pequena parte de chão e construiu ali sua casa com materiais que achou na rua. Para não ter perigo de ser despejado, cimentou os móveis no chão, de forma que eles nunca mais sairão do lugar. E vive lá até hoje com sua família. Pudemos vê-lo sentado numa cadeira do lado de fora com uma barba branca gigantesca, enquanto sua mulher cuidava da horta na parte de trás. Parecia até de mentira. Curioso ou não?

A casa na árvore. Repare nos pés da mesa (à esquerda) cimentados! hauhauha

O senhor! Sim ele existe :)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Berlim



3 dias em Berlim não foram nada suficientes para ver a infinidade de coisas que a grande cidade oferece! Ficamos apaixonados por essa Nova York underground alemã, aida mais especial por causa das cores do outono.
Primeiro: as coisas são bem mais baratas se comparadas a Munique! Tivemos o prazer de comer Sushi os 3 dias da viagem. Ui! E ainda... voltamos com dinheiro pra casa! Isso é um grande de um milagre.
Ficamos num Hostel muito legal chamado Grand Hostel Berlin! Foi minha primeira experiência em dividir o quarto com pessoas desconhecidas. Ainda bem que eram 3 meninas... huhuhu
Em baixo do Hostel tinha um barzinho e um lounge com internet de graça. Eles ofereciam também alguns Free tours. Teve até a noite do cassino e nós jogamos um pouquinho de baralho com umas meninas do Canadá. Hostel é um esquema jovem, interessante e beeeem barato! Claro que é chato você chegar da balada as 5 da manhã e não poder ancender a luz porque os outros já estão dormindo ou ter que tomar banho de havaianas, mas o sacrifício compensa.
Fizemos um Free tour muito legal chamado Berlin underground (explicarei no próximo post). Combinamos de voltar sem falta ano que vem. Ainda queremos fazer mais 4 tours: Berlin West Side, Berlin East side, um tour noturno pelos pubs e uma oficina de grafite!
Comemos Kebab por 2.50, passeamos de barco no rio Spree, enfrentamos 2 horas de fila numa noite insuportavelmente gelada para subir na cúpula do Reichstag, tomamos um café com bolos no Sony center e assistimos por alguns minutos um grupo de dançarinos de rua muito animado.
Ver o muro é realmante impressionante! Não dá pra imaginar como seria a cidade dividida. É uma das coisas mais malucas que eu já ouvi.
O museu ao ar livre chamado Topografia do terror é também muito interessante. O enfoque está em como se desenvolveu a propaganda Nazi. Uma verdadeira lavagem cerebral. Será que hoje ainda passamos por isso e não percebemos? Uma das partes que mais me impressionou foi uma página de livro escolar onde se ensinava como a criança deveria responder ao falar com o Hitler. Parecia até uma oração, cruz credo!
Conhecemos também um casal de brasileiros que está dando a volta ao mundo em uma viagem de 1 ano! Já faz 6 meses que eles estão por aqui e foi muito legal trocar figurinhas sobre essa experiência de desbravar o mundo! Ficamos morrendo de vontade de um dia fazer algo assim também. Talvez quando nossos filhos forem maiores... humm Um projeto a looooongo prazo! Eles também tem um blog e isso me animou a registrar nossas viagens com mais detalhes. Por isso estou aqui!
Acho que agora dá pra ter uma idéia de como foi nosso passeio :)
Vamos para o próximo post e o tour maluco!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Tentando o techno

Desculpem-me os grandes fãs de Techno pelo desabafo. Se eu não for livre no meu próprio blog, não serei livre em lugar nenhum.
Estávamos nós em Berlim e meu queridíssimo marido quis ir a uma balada hard techno, já que a cidade é um dos berços da cultura eletrônica e ele é um grande fã do tuts tuts.
A balada chamava Tresor e tinha 2 ambientes. Os 2 de technos. O mais pesado era na parte de baixo do edifício em construção, numa espécie de porão.
Mais uma vez tentei a todo custo me divertir e me envolver com o ambiente e a música. E mais uma vez não consegui. Techno não é igual sushi, que as 2 primeiras vezes se come a contragosto para depois aprender a apreciar a culinária japonesa e depois ainda tornar-se um escravo desse vício fantástico. (Detalhe nada a ver com o techno: passamos 3 dias em Berlim e como lá os restaurantes eram baratos, comemos sushi os 3 dias)!
Pois então... lá estava eu no meio do porão todo pichado e lotado de gente, meio com falta de ar, envolta numa massa de gelo seco que não me permitia ver um palmo a frente do nariz, tentando me divertir. E entender. De coração realmente aberto para não abraçar o preconceito.
A cada minuto me sentia mais sozinha e angustiada. Existe uma coisa meio individualista nessa balada. É uma festa sem conversas onde as pessoas se juntam para dançarem sozinhas. Um coletivo solitário. E ainda tem a fumaça, que preenche o ambiente de neblina, borrando o contorno das coisas. Ninguém vê ninguém direito. Minha sensação é que eu estava sozinha e de repente saía uma sombra dali, outra daqui. Liberdade? Talvez ... pelo menos cada um pode dançar do jeito que bem entender. O baile dos vultos dançando roboticamente o som das máquinas.
Outro elemento são as luzes. Fiquei pensando que tudo isso corresponde realmente ao mundo de hoje. Contemporâneo, tecnológico.
Devo me sentir culpada por não compartilhar desse gosto pelo novo?
Juro que tentei com toda a minha boa vontade. Dancei até suar, bebi energético. Pensei. Observei. Ouvi. E quando não agüentava mais espremer meu cérebro em busca do porquê as pessoas se divertem com isso, veio a resposta projetada nos telões das paredes em volta de toda a discoteca.
It is what it is.
Plin! Entendi!
Para de ficar procurando motivos Jaqueline.
É como apreciar um quadro. Às vezes se gosta, às vezes não.
E repentinamente saiu o peso da culpa e eu pude admitir para mim mesma que essa energia não me toca. Eu não sou transgressão, sou mais resignação (O Tato fica me zuando que só falo essa palavra. É verdade. Tudo culpa da Clarice Lispector).
E isso não significa que eu nunca mais vá a uma balada dessas. Um relacionamento envolve doação e sacrifícios às vezes. Irei feliz e aliviada por saber que não preciso me forçar a gostar de nada. Ver meu amor se divertir vale sempre a pena :)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A Batalha

Sabe amigos hoje estou extremamente emotiva. Por algum motivo qualquer olhei pro lado e vi todo mundo lutando.
A raça humana batalha todo santo dia. Visualizo nesse instante todos lado a lado carregando suas cruzes. Umas mais pesadas, outras mais leves. Uns reclamando, outros resignados, outros esperançosos. Carregando e caminhando e caminhando e batalhando.
Indo pra onde?
Viver é muito bom e nem por isso deixa de doer muito.
Se a luta humana não fosse tão sofrida, seria bonito de se assistir. (Essa última frase eu li no livro da Clarice e reescrevo com minhas palavras por não ter mais o livro aqui em casa).

domingo, 3 de outubro de 2010

Vão-se os anéis, ficam-se os dedos!

Essa frase é para nós jovens que estamos começando a vida e lutando para ganhar nosso próprio din din que no fim do mês desaparece por milagre.
Eu sei que enche o saco se resignar toda vez que vc fica pobre de novo, mas resta outra solução?
Uma dica preciosa é não ficar tentando entender o porquê acontecem as coisas. Um dia entenderemos. Ou não.
Apesar dos pesares, eu rezo toda noite: -Seja feita a Vossa vontade assim na terra como no céu...
E confesso que não sai sempre fácil do meu coração.
Ainda bem que a oração continua...
- Perdoai as nossas ofensas e não nos deixeis cair em tentação!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Achismos e porquês + 2 confissões + 1 lembrete feliz

*Acho que preciso reajustar minha peneira. Os buracos estão muito grandes de forma que nada fica. O piloto automático tá ligado. Não bom.
*Acho que estou assistindo muito Sex and the City. Alguém sabe me dizer pq raios a Carrie Bradshow gosta tanto de sapatos?
*E Por que minhas luzes do cabelo vencem tão rápido?
*Por que o Tato estourou o joelho e por que eu tenho comido pimentão cru?
*Por que gosto tanto dos enfeitinhos de Natal?
*Confissão: Eu gosto de lavar roupa!
*Mais uma confissão: Passo horas dos meus dias pensando como levar tudo embora em 2012. Como vou enfiar 3 anos e meio da minha vida em 2 malas de 23 kg?
ok ok! Estou uma bagunça!
*Ahhh sim! Não posso esquecer de registrar! Fizemos 2 anos de casados dia 20! Bem felizes e companheiros :)

Começou o processo de encolher

Eu acho que comecei a encolher junto com os dias. Até que quando chegar dezembro e os dias acabarem as 4:30 da tarde, vou estar do tamanho de uma avelã num potinho de vidro na mesa do lado dos enfeites de Natal.
Ainda bem que eu vou pro Brasil e aí eu cresço de novo e floresço e rio e engordo e volto bem preparada para a frieza de janeiro, fevereiro, março... E qdo meu estoque de gordura estiver quase acabando, eu renasço de novo com a primavera alemã.
É inevitável. As forças invisíveis da natureza começam a me acuar, entocar. Esse movimento de recolher é muito notado nos países frios. Agora rola uma tensão no ar porque todo mundo sabe que o inverno tá quase aí. Mas ninguém fala.

Confesso que o Outono lindo colorido que eu tirei 90.000 fotos ano passado chegou e eu estou meio de mal dele. É que não consigo aceitar o fato do verão ter sido tão curto. E frio. E chuvoso. Acho tb que ficar achando tudo lindo uma hora cansa.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

terça-feira, 14 de setembro de 2010

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Só pode ser brincadeira

Sabe como se fala Sinusite em alemão?
Nebenhöhlenentzündung!
Como é que eu posso falar pra alguém que eu tenho isso?
Não dá!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Post da madrugada

Não existe coisa mais chata do que ficar resfriado. Desde que estou aqui essa é a primeira vez, digna de nota, q fico resfriada. Tinha até me esquecido de como é um exercício de paciência e resignação. Quer coisa mais divertida que ficar deitada sem dormir por causa da Sinu? Sinu Site Maria é minha boa e velha conhecida que há anos não dava as caras. Eita visitinha inoportuna!
Fico esticada o dia inteiro no colchão da sala imaginando que meu corpo está em batalha e quase nem me mecho pra minhas celulinhas conseguirem vencer logo essa maldita! Vamos lá meninas! Armadas em combate!
Estou tentando ser natureba e me curar com chá, mel, limão, a boa inalação de fogão e vitaminas. Tudo bem que vez ou outra não resisto à Neosa. Neosa Dina do Brasil! Grandesíssima querida companheira :)
Estava pensando que a gripe mexe com o humor da gente. Ontem me aconteceu algo engraçado. Eu estava explodindo de dor de cabeça e não resisti à Neosa. Quando levantei para ir na cozinha, meti a cabeça na parede (moro naqueles apês que o teto é um triângulo, sabe?) e aí me invadiu o maior sentimento de injustiça do mundo. Comecei a chorar que nem uma criança quando cai no chão. Huauhuahau! O pior que no fundo, eu sabia que era absurdo, mas esse sentimento de injustiça é um dos mais doloridos que existe. Poxa, não sendo suficiente que eu queira arrancar meu lado esquerdo da cabeça fora (onde Sinu está hospedada), ainda vou e enfio a testa na parede???
O Tato assustou coitado! Mas eu me aliviei. E até dei uma desentupida, pois chorar não só lavou minha alma, como meus canais obstruídos.
Hoje já é a madrugada seguinte e eu não consigo dormir devido ao congestionamento quilométrico que se dá na minha cabeça loira. Acho que vou bater ela de novo de propósito na parede pra chorar e desentupir.... Quem sabe aí não dá até pra dormir?
Esse post não tem fins artísticos. Isso é uma descontraída conversa da madrugada pra eu esquecer onde tá doendo.
Bom... acho que me vou. Vou lá deitar do lado do meu maridinho, que não existe melhor lugar no mundo! Boa Noite!

sábado, 28 de agosto de 2010

Para que não fique uma má impressão

Como disse Saramago, citando Tolstoi: os dias felizes não fazem história.
Os dias felizes a gente vive e esquece de pensar.
É por isso que na maioria das vezes venho aqui para chorar minhas pitangas. Mas eu juro que esse é só um dos meus lados :) O outro é bem feliz, ocupado e preguiçoso demais para ficar escrevendo.

Ai ai ai

28.08.2010
Meu DEEEEUS, agosto já passou!!! E eu ainda estou esperando o verão :(
Pq será que é tão raro o equilíbrio? Aqui taaaanta chuva e aí tanta gente reclamando da baixíssima umidade do ar.
Ai ai ai...
Ainda bem que eu não moro aqui de verdade ... hehehe
Isso tudo é só um exercício de paciência :)
Ai ai ai...
A gente faz o que pode pro tempo render, a cabeça crescer, a bagagem aumentar, mas convenhamos que ler os clássicos tantos dias chuvosos seguidos vira tarefa torturante para um pobre cérebro.
Ainda bem que domingo vou trabalhar!!! É aniversário do menino monstro e eu vou ter que pintar as buchechas de 19 coleguinhas monstros. Todos falando em alemão.
É.. o que o tédio não faz com a pessoa .... em outras épocas teria até pesadelos pensando nesse dia, mas hoje já estou ansiosa para o evento :)
Ai ai ai

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Minha juventude com o Dôgra



Em 2005, no Departamento de Artes Cênicas da UNICAMP.
Duas pessoas decidiram dar uma volta de bicicleta, juntos!
Hoje eles andam por terras diferentes, mas lá na frente o caminho se junta novamente!!!

domingo, 22 de agosto de 2010

Colhendo flores direto no campo!


Colha e pague na caixinha! Sem guardinha e sem câmeras! Eis a civilização alemã. Em outros países, infelizmente, não haveriam mais flores e provavelmente a própria caixinha também já teria sido roubada!

sábado, 21 de agosto de 2010

Slava Polunin, um clown russo!

A Lú comentou hoje no fone que assistiu o espetáculo Snow Show dele e eu fui dar uma olhadinha no youtube! Parece ser muito legal. As coisas que ele faz com o público, as metáforas e a estética são muuuito interessantes.
Abaixo alguns vídeos dele para registro meu e de quem se interessar por clowns :)




terça-feira, 17 de agosto de 2010

Engraçado

Recebi esse e-mail da Mama e achei engraçado. Resolvi registrar. É a resposta de um aluno. Verdade ou não, não sei e não importa!

A pergunta foi: qual a função do apóstrofo?

(Pra quem não se lembra, apóstrofo é aquele
"risquinho" que serve pra suprimir vogais entre duas palavras.... Ex: caixa
d'água)

E a resposta (imperdível) merece um troféu:






sábado, 14 de agosto de 2010

Um pouquinho de Saramago

Um trechinho que achei muito bonito do livro "A viagem do elefante" de José Saramago.

Obs: Não estranhe, Saramago escreve com uma pontuação maluca, às vezes só com vírgulas.

O cornaca Subhro (aquele que cuida do elefante) acompanhou Salomão (o elefante) na revista, dando-se por despedido. Não era homem para permitir que se lhe desmandasse o coração em público, mesmo quando, como agora, lágrimas invisíveis lhes deslizam pela cara abaixo. A coluna de soldados pôs-se em movimento, acabou-se, não os voltaremos a ver nesse teatro, a vida é assim, os actores aparecem, logo saem do palco, porque o próprio, o comum, o que sempre virá a acontecer mais tarde ou mais cedo, é debitarem as falas que aprenderam e sumirem-se pela porta do fundo, a que dá para o jardim. Adiante o caminho faz uma curva, os soldados detêm os cavalos para levantarem o braço e acenarem o último adeus. Subhro imita-lhes o gesto e salomão deixa sair da garganta o seu barrito mais sentido, é tudo quanto se lhes permite fazer, este pano caído não se levantará mais.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A divisão ou As divas ou A ponta-semi-mínima!

Que alegria infita!
Que saudade que eu estava desse mundo do teatro, que cada vez mais percebo ser o mesmo aqui também.
Na última quinta-feira eu voltei tão feliz, mas tãaao feliz do encontro com meu grupo de teatro, que até voltei falando sozinha na bicicleta!
Explico: Eu fui promovida de ponta-mínima para ponta-semi-mínima!
Dada a razão de minha alegria, comecemos do começo.
Decidimos, aliás, o diretor deicidiu, montar Shakespeare, "Muito barulho por nada", e com aprox. 20 atores, foi realizado no último encontro a famosa e tensa divisão de personagens.
Esse ano a coisa vai ser grande porque o grupo comemora seus 2o anos de existência e muitos antigos voltaram para dar o ar de sua graça.
A divisão não é nada democrática aqui. Não existe um período de testes e improvisações, onde todos podem experimentar um pouco de cada personagem que interessa. O diretor chega e fala: Você faz isso e você isso. O que também significa que se você é fofa e meiga, vai SEMPRE fazer a mocinha e se você já é mais Diva, ganha SEMPRE o principal. O problema foi que, desta vez, várias divas estavam presentes e virou "O duelo de Titãs".
A peça tem uns 20 personagens, sendo destes apenas 4 mulheres. E do elenco que se apresentou apenas 6 homens. Até aqui não haveria problema algum. Lembro você que já montamos "O Processo" com 3 homens e várias atrizes que vestiram as calças compridas!
A questão é que algumas das divas alemãs, não sei porque raios, se recusam a fazer papéis masculinos. E por isso a divisão de personagens foi tensíssima. Maravilhosamente tensa. Deliciosamente tensa.
Por que? Porque eu assistia a batalha de camarote (já que no momento, devido a minhas habilidades Linguísticas, devo limitar o meu infinito talento a pequenos papéis) e, portanto, eu não integrava o grupo de leoas famintas na caça da Protagonista. Aliás, retiro a parte das leoas. Até onde eu me lembro, as leoas caçam juntas e essa luta era cada um por si e Shakespeare pra todos!
Quase todos. Três das divas decidiram não mais participar do espetáculo quando não tiveram seu valor reconhecido. Uma delas até enrubesceu (coitados dos que enrubecem, pois não podem nem disfarçar), levantou, cochicou algo no ouvido do diretor e saiu. Saiu acabada, com uma cólera tão grande que se não se retirasse, seria capaz de enforcar com as próprias mãos sua amiga fiel, agora traidora. Aquela que não levou em consideração que a diva sempre lhe dava carona e tomou as chaves do seu carro, levando embora a tão disputada Beatrice. Fora por demais desrespeitada! Só porque está na flor dos seus 46 anos e não entra, por mais que tente, na roupa apertada da mocinha, muito menos combina com seu par romântico de 20, não pode ser descartada assim!
A outra diva, depois de alguns minutos pensando, disse que então ela faria o papel do Rei, mas que ele não seria mais homem e sim uma mulher ciumenta que odeia a Beatrice (sua protagonista antes almejada). Ela não se conteve, mandou Shakespeare pro espaço e criou a própria história a fim de se salvar. A sorte é que nosso diretor, ainda que não dos mais confiáveis, teve bom senso e já cortou as asasinhas da nova autora logo no começo.
O mais engraçado e desproporcional foi quando eu recebi os meus 2 guardas! Não pude disfarçar minha animação de ser promovida de carteiro, para guarda, ainda mais 2! Vou ser 2 personagens ao mesmo tempo e meu rosto será maquiado cada metade de um jeito diferente. Assim, na medidade que sou um ou outro é só mudar de lado. Um tremendo desafio!!! E ainda em alemão!!! O pessoal só pensava: Por quê essa louca, que é atriz profissional, está feliz por interpretar essa ponta-semi-mínima?
Outra coisa interessante é que ninguém acata de primeira o que o diretor disse. Todos, ao receberem seus personagens, pediam alguns minutos para responder se aceitavam ou não. E sabe o que eles iam fazer? Contar no texto o número de páginas que seu papel aparece.
Ó Meu Deus do céu!!!
Quando eles vão aprender que não existem pequenos papéis e sim pequenos atores?
Enfim, foi uma noite deliciosa! Ahhh que saudade que eu estava desse mundo teatral, dessa cosquinha na barriga antes de começar uma nova produção, de sentir esse cheiro de ator com cú queimado (desculpem mas a expressão é essa mesma)! Esse é meu mundo e agora estou me sentindo um pouco mais em casa!


Naturalmente que me tranquilizo por saber que é tempo limitado, pois já carrego um sobrenome que espero levar pra sempre!
Jaquelina Geralda

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Descoberta chocante

Estou quase certa de que na Alemanha não existe ligação a cobrar, ou se existe, nunca ninguém ouviu falar!
Isso prova o lance cultural da riqueza! Aqui se parte do pressuposto de que a pessoas sempre têm celular COM crédito ou no mínimo moedinhas para ligar pro amigo do orelhão.
Agora me diz, você consegue imaginar nosso Brasilzão sem a boa e velha ligação a cobrar?
Não dá... É inconcebível!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Lembrancinhas de Viterbo

O que não esquecerei:
* O Bairro medieval todo de pedra chamado Pellegrino
* O Castelo todo charmoso no alto da Colina
* O Frigobar de graça do Hotel, que era reabastecido diariamente :)
* Um passeio engraçado com a mami pelo centrinho, que nos levou a descobrir que lá, além da siesta, a maioria das lojas nem se quer abrem de segunda-feira!
* A pizzaria debaixo do Hotel e sua garçonete italianíssima louca. Assistimos um dos jogos do Brasil lá. E agora, caro amigo, chegamos ao momento da verdade nua e crua: As pizzas brasileiras são muito mais gostosas!!! Dessa vez a porção era gigantesca, mas faltava queijooooo minha gente.
* O homem da lambreta, que desviou seu caminho para nos ajudar a encontrar um lugar para estacionar o carro! A sandy (gps) ficou doidinha de vez qdo entramos no centrinho histórico e encurralou meu pai numa ruazinha tão estreita, que não conseguíamos mais sair. O negócio foi pegar a contra-mão! Sorte que a boa vontade do tio nos salvou de maisAdicionar imagem trapalhadas no trânsito.


E acho que é isso!



terça-feira, 27 de julho de 2010

Que complicação!!!

Aqui os números são falados ao contrário e rola toda uma lógica maluca. Explico: 47.
Quatro é vier e 7 é sieben. Nós falamos como lemos: quarenta e sete. Eles falam primeiro o sete e depois o quarenta: siebenundvierzig! Isso no começo era um saco, pois eu sempre levava uns minutos para entender o número e só depois colocá-lo ao contrário.
Passada essa fase fui aprender as horas. Outra coisa doida. Na linguagem do dia-a-dia se fala: Halb e a hora desejada. Halb significa metade. Então Halb 10, por exemplo, é 9:30. Fala-se sempre Halb e a hora que está por vir. Halb 9 = 8:30. Não faria mais sentido se Halb 9 fosse 9:30? Pois não é...
Mas ok. Passada essa fase...
Jaquelina andava toda confiante na rua, quando percebeu que não estava de relógio. Cheia de si, praticamente uma alemã, não titubeou nem um segundo e saiu logo perguntando para um velhinho na calçada. E sabe o que o senhor respondeu?
Es ist 5 vor halb 11! É mole?
Ao pé da letra: São 5 para meia 11, vulgo 10:30.
Meu DEEEEEUs, qual é o problema de dizer "São dez e vinte e cinco"????

Quando consegui entender que horas eram exatamente, já passava de Halb 11!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Viterbo e o caso de Filipo I, o filho.

Jamais esquecerei da nossa experiência de deleite gastronômico em um restaurante chic e caro, onde uma sobremesa chamada Filipo I nos fez perder a falsa compostura de ricos e cair num ataque de riso até dolorido diante de um pratinho todo enfeitado, que não sabíamos se era ou não o tal.
Explicando: O dono do restaurante nos contou que Filipo I era uma sobremesa primorosa e delicadíssima, na sua opinião a mais saborosa, que levava o nome de seu filho. Meu pai pediu. E eu, mami e Tato decidimos esperar para ver, já que o dono também havia feito primoroso comercial dos pratos riquíssimos de macarrão que pedimos. Pratos obra-de-arte que nos surpreenderam com sua beleza e quantidade explendorosamente insuficiente, a qual poderíamos carinhosamente apelidar de cosquinha estomacal! Aliás, é sempre bom lembrar que finésse não tem nada a ver com encher a pança. Gente fina não come, gente fina desgusta! Ui.
A sorte nossa é que em todo restaurante há uma cestinha de pães que acompanha o prato e que serve para você ficar satisfeito, ou pelo menos sem fome, antes de ir embora.
Devo, no entanto, confessar que os pratos não são tão genorosos em relação ao tamanho de suas porções, pois se espera que se coma a sequência. Ou pelo menos uma entrada.
Meu prato veio com 5, juro, eram 5, pedacinhos de macarrão gravatinha (esqueci o nome) e um molho branco MARAVILHOSO. O melhor que já comi ever!
Mas voltando ao Filipo I. Chegou um pratinho com 5 biscoitinhos coloridos de manteiga artesanalmente trabalhados. Ficamos os quatro observando aquele tesouro completamente perdidos, sem saber o que fazer.

Até que meu pai, a alma bondosa, falou: Pode pegar gente!

Nós: Nãoooooooooooo, magina, o Filipo é seu. Você que pediu.

Pai: Não, esse não deve ser o Filipo.

Mãe: É sim, pq ele iria trazer isso então?

Eu: Mas isso é ou não é o Filipo???

E com esse come não come, eu ri como não ria há muuuuuuito tempo. Meu ataque de riso contaminou geral. Comecei até a chorar. E meu pai, desesperado para que o dono não percebesse nada, começou a falar que nem um louco e não parava um minuto se quer. Aí que nós 3 quase morremos. Quando conseguíamos nos controlar, alguém não aguentava e começávamos tudo de novo. Foram uns 5 minutos catárticos em que nós mal podíamos respirar.
A paz reinou finalmente quando o dono apareceu, desfilando com uma sobremesa lindíssima na mão. O Bendito!
E para fechar o jantar tomamos um vinho licoroso gelado da Sicília, chamado Zibibbo. Vale a pena experimentar!!!


Abaixo seguem as fotos do Filipo e do impostor que se fez passar por ele.



quarta-feira, 14 de julho de 2010

AHHH Venezia Venezia Venezia


Simplesmente um sonho. Dona Veneza toda charmosa faz jus à sua fama!!!
Levo comigo a lembrança inesquecível de um dia maravilhoso, em um lugar maravilhoso, com meu marido maravilhoso.
O que dizer sobre ela...
Nota 10 para o Hotel com decoração à caráter e serviço de vã que nos levava até a boca dos canais!
Um mapa para quem não quiser se perder no labirinto de ruelas, pontezinhas e canais!

Um sorriso para a mulher da janela com floreira colorida que pendurava alguns guardanapos de cozinha no varal!
Um alô para o mundaréu de comparsas turistas com suas máquinas fotográficas e sacolinhas de souvenir!
Uma olhada minuciosa nos ateliês abarratados de máscaras melancolicas e misteriosas!
Uma cervejinha gelada para assistir o desfile de Navios soberbos na beira do mar adriático!
Uma pausa a cada 2 minutos pra foto digna de cartão-postal!
Um punhado de milho para a multidão de pombas da praça São Marcos!
Um suspiro para a ponte do suspiro!
Um abraço para o gondoleiro simpático e doloridos 80 Euros por um romântico passeio de gondôla. Com direito a canção fica um pouco mais caro.
Um brinde com vino rosso para um jantar a 2 na calçada de uma rua apertadinha e aconchegante!
Uma lágrima para o busão que me levou embora de figuinha na mão para voltar um dia!
Um pai-nosso antes de dormir para agradecer pela beleza do mundo!

domingo, 11 de julho de 2010

Descobrindo a Itália parte I - Verona




Sabe a sensação maravilhosa de ter realizado um sonho? Pois é assim que me sinto agora.
Conheci um pouco da tão famosa Itália de que eu tanto ouvia falar. A terra dos meus ancestrais, dos filmes de Fellini, das lambretas, das pizzas, dos gelatos, do povo que gesticula e fala alto, do trânsito caótico. E adivinha só: era tudo verdade. A Itália é simplesmente encantadora!!!
Antes de viajar, nem conversei muito sobre isso com ninguém, porque tudo parecia tão perfeito que eu ficava com medo de dar errado. Agora que já passou e que tudo correu maravilhosamente bem, sem uma vírgula de probleminha, eu posso escrever aliviada e plena por ter recebido um presente tão grande como esses 11 dias perambulando pela bota.
Eu, Tato, Pai e mãe. Alugamos um carro e partimos numa sexta-feira bem cedinho para Verona, a terra de Romeu e Julieta. 5 horas de viagem com direito a parada para fazer xixi.
Foi muito gostoso viajar de carro porque se pode sentir o jeitão do país. Vi parreiras, oliveiras, parreiras, campos de girassóis, parreiras, pessegueiros e mais um pouco de parreiras.
Ao chegarmos lá, Sandy (nosso GPS) já surtou logo de primeira. Algo estava errado. O endereço do Hotel nos levou até uma casa em um bairro afastado, no meio de uma plantação de uvas. Hummm... eu juro que na internet o hotel parecia bem diferente ....
E aqui começa a Itália com uma das suas características mais comuns: a bagunça. Graças a simpatia e boa vontade do povo italiano em ajudar turistas, descobrimos que a rua do hotel mudou de nome e que estávamos a 15 km do destino. Conseguimos chegar graças ao bom e velho boca a boca. Mais do que nunca aquele ditado fez sentido: Quem tem boca vai a Roma.
Detalhe: o pessoal não fala muito inglês não. A comunicação era em português/italiano o tempo todo, bem devagar e cantado. Mais um detalhe que me fez sentir quase que em casa. Demos muitas risadas com as mímicas, com meu pai cantando o português ou falando como índio, com minha mãe misturando espanhol com italiano. Fica nítido como somos criativos quando o entendimento está atravancado e nos desdobramos em milhões de tentativas malucas para fazer o outro compreender.
O hotel tinha uma piscina de um azul insuportável. Estava um calor suador 40 graus e nós não tivemos tempo de nadar. E ainda assim foi perfeito. Talvez se tivéssemos nadado, a água não estaria tão quentinha quanto na minha imaginação e aquela piscina não seria A piscina. Ideal. Platônica. Portanto, fico com a doçura da idéia desse mergulho refrescante que não dei. Perfeito.
Coisas que jamais esquecerei de Verona:
• Logo que entramos no centrinho, nos deparamos com um carro que distribuía Red Bull geladinho na faixa. Foi uma delícia. As coisas que são de graça ou promoção têm pra mim um sabor especial ... Meu sangue ferve por uma lojinha de 1 euro.
• O jogo Brasil x Portugal. Assistimos o jogo em um barzinho gente fina com mesinhas na calçada, lotado de brasileiros barulhentos e um inglês vestido com a camisa de Portugal, que virou a festa da torcida adversária (a nossa). Tomei uma limonada inesquecível e comemos batatinhas fritas em forma de parafuso.
• A casa da Julieta. A casa em si é bem chata, mas vale a pena pela foto na sacada e por ver a mesma cama que foi usada no filme do Zeffirelli. O mais interessante mesmo foi o corredor (na entrada do ponto turístico) com milhões de bilhetinhos de declarações de amor. Que bonito! Um mar de papeizinhos de todas as cores e em todas as Línguas com palavras de carinho do mundo inteiro. Eu e o pai deixamos nossa mensagem para as nossas duas metades que assistiam o jogo na Piazza Brá.
• Assistimos a ópera Aida na arena de Verona. Quer coisa mais digna de se encher o peito de orgulho? Tudo bem que foram 3 horas e pouco de espetáculo e, no final, nós só desejávamos que Verdi tivesse escrito no máximo dois atos. Mas não. Eram quatro. O importante é que estava uma noite agradável e foi muito aconchegante sentar nas pedras quentinhas da arena, que passou o dia tomando sol para receber melhor seus convidados.
• Ainda dei uma caminhada pelas ruazinhas estreitas tipicamente italianas com o Tato. Fomos até um lugar maravilhoso de onde se via o Castelo São Pietro, na beira do rio Adige. O rio era de um azul, dessa vez suportável, mas inacreditável para um rio. Ahhhh se o Tietê fosse pelo menos um pouco azul. São Paulo seria bonito e ... Pensando bem, São Paulo perderia sua identidade. Parece que aquela coisa marrom, fedida e embosteada já faz parte da essência da cidade. São Paulo com rio Tietê azul chamaria São Pedro, São Tomé, São José, mas nunca São Paulo.
Enfim, voltando para minha Itália, acho que Verona tinha um clima de amor no ar, porque o Tato estava me amando muito. Nós contemplamos a paisagem por alguns minutos abraçados bem juntinhos e felizes, antes de voltar correndo para a ópera, comprar um pedação de pizza, subir para ver o espetáculo e descobrir que meus pais estavam sentados simplesmente do lado oposto da arena.
Ainda precisamos conversar sobre a pizza italiana, mas fica pro próximo capítulo da viagem!