Não quero mais a neutralidade. Quero assumir minha realidade e me expor e vencer o medo de errar que bloqueia o movimento e a criação. Quero pecar por excesso.

Esse blog é isso. Um exercício de Libertação.








sábado, 5 de maio de 2012

Uma imagem de verão alemão


    Voltar pedalando do lago, depois de um dia de churrasco, com o laranjado do pôr-do-sol e o vento quente batendo no meu rosto, enquanto observo com o coração cheio de gratidão os campos de flores amarelinhas e as duas torres da igreja de Freising ao fundo.
Inesquecível e abençoado!




quarta-feira, 2 de maio de 2012

"O amor nos tempos do cólera" - mais um trecho


Essa partezinha eu achei divertida e com um tom de Nelson Rodrigues. Como um passarinho me contou que as Geraldas estão pesquisando o tema das viúvas, aí vai mais uma parte especialmente pra vc Carolzinha:

Tinha vinte e oito anos e parira três vezes, mas sua nudez conservava intacta sua vertigem de solteira. Florentino Ariza jamais compreenderia como umas roupas de penitente tinham podido dissimular os ímpetos daquela potranca xucra que o desnudou sufocada pela própria febre, como não podia fazer com o esposo para que não a considerasse uma corrompida, e que tratou de saciar num só assalto a abstinência férrea do luto, com o estouvamento e a inocência de cinco anos de fidelidade conjugal. Antes dessa noite, e a partir da hora solene em que a mãe a pariu, jamais estivera sequer na mesma cama com um homem que não fosse o esposo morto.
Não se permitiu o mau gosto de um remorso. Pelo contrário. Mantida em vigília pelas bolas de fogo que passavam por cima dos telhados (obs Jaquelina: a cidade estava passando por uma guerra civil), continuou evocando até o amanhecer as excelências do marido, só lhe censurando a deslealdade de haver morrido sem ela, e redimida pela certeza de que ele jamais fora tão seu quanto agora, dentro de um caixão cravado com doze cravos de três polegadas, e a dois metros debaixo da terra.
         -Sou feliz – disse – porque só agora sei com certeza onde está quando não está em casa.  

terça-feira, 1 de maio de 2012

Maluquices desse mundão

Não que eu esteja reclamando... longe de mim... mas não é a coisa mais contraditória do mundo ser feriado no dia do trabalho?