Não quero mais a neutralidade. Quero assumir minha realidade e me expor e vencer o medo de errar que bloqueia o movimento e a criação. Quero pecar por excesso.

Esse blog é isso. Um exercício de Libertação.








sábado, 28 de agosto de 2010

Para que não fique uma má impressão

Como disse Saramago, citando Tolstoi: os dias felizes não fazem história.
Os dias felizes a gente vive e esquece de pensar.
É por isso que na maioria das vezes venho aqui para chorar minhas pitangas. Mas eu juro que esse é só um dos meus lados :) O outro é bem feliz, ocupado e preguiçoso demais para ficar escrevendo.

Ai ai ai

28.08.2010
Meu DEEEEUS, agosto já passou!!! E eu ainda estou esperando o verão :(
Pq será que é tão raro o equilíbrio? Aqui taaaanta chuva e aí tanta gente reclamando da baixíssima umidade do ar.
Ai ai ai...
Ainda bem que eu não moro aqui de verdade ... hehehe
Isso tudo é só um exercício de paciência :)
Ai ai ai...
A gente faz o que pode pro tempo render, a cabeça crescer, a bagagem aumentar, mas convenhamos que ler os clássicos tantos dias chuvosos seguidos vira tarefa torturante para um pobre cérebro.
Ainda bem que domingo vou trabalhar!!! É aniversário do menino monstro e eu vou ter que pintar as buchechas de 19 coleguinhas monstros. Todos falando em alemão.
É.. o que o tédio não faz com a pessoa .... em outras épocas teria até pesadelos pensando nesse dia, mas hoje já estou ansiosa para o evento :)
Ai ai ai

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Minha juventude com o Dôgra



Em 2005, no Departamento de Artes Cênicas da UNICAMP.
Duas pessoas decidiram dar uma volta de bicicleta, juntos!
Hoje eles andam por terras diferentes, mas lá na frente o caminho se junta novamente!!!

domingo, 22 de agosto de 2010

Colhendo flores direto no campo!


Colha e pague na caixinha! Sem guardinha e sem câmeras! Eis a civilização alemã. Em outros países, infelizmente, não haveriam mais flores e provavelmente a própria caixinha também já teria sido roubada!

sábado, 21 de agosto de 2010

Slava Polunin, um clown russo!

A Lú comentou hoje no fone que assistiu o espetáculo Snow Show dele e eu fui dar uma olhadinha no youtube! Parece ser muito legal. As coisas que ele faz com o público, as metáforas e a estética são muuuito interessantes.
Abaixo alguns vídeos dele para registro meu e de quem se interessar por clowns :)




terça-feira, 17 de agosto de 2010

Engraçado

Recebi esse e-mail da Mama e achei engraçado. Resolvi registrar. É a resposta de um aluno. Verdade ou não, não sei e não importa!

A pergunta foi: qual a função do apóstrofo?

(Pra quem não se lembra, apóstrofo é aquele
"risquinho" que serve pra suprimir vogais entre duas palavras.... Ex: caixa
d'água)

E a resposta (imperdível) merece um troféu:






sábado, 14 de agosto de 2010

Um pouquinho de Saramago

Um trechinho que achei muito bonito do livro "A viagem do elefante" de José Saramago.

Obs: Não estranhe, Saramago escreve com uma pontuação maluca, às vezes só com vírgulas.

O cornaca Subhro (aquele que cuida do elefante) acompanhou Salomão (o elefante) na revista, dando-se por despedido. Não era homem para permitir que se lhe desmandasse o coração em público, mesmo quando, como agora, lágrimas invisíveis lhes deslizam pela cara abaixo. A coluna de soldados pôs-se em movimento, acabou-se, não os voltaremos a ver nesse teatro, a vida é assim, os actores aparecem, logo saem do palco, porque o próprio, o comum, o que sempre virá a acontecer mais tarde ou mais cedo, é debitarem as falas que aprenderam e sumirem-se pela porta do fundo, a que dá para o jardim. Adiante o caminho faz uma curva, os soldados detêm os cavalos para levantarem o braço e acenarem o último adeus. Subhro imita-lhes o gesto e salomão deixa sair da garganta o seu barrito mais sentido, é tudo quanto se lhes permite fazer, este pano caído não se levantará mais.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A divisão ou As divas ou A ponta-semi-mínima!

Que alegria infita!
Que saudade que eu estava desse mundo do teatro, que cada vez mais percebo ser o mesmo aqui também.
Na última quinta-feira eu voltei tão feliz, mas tãaao feliz do encontro com meu grupo de teatro, que até voltei falando sozinha na bicicleta!
Explico: Eu fui promovida de ponta-mínima para ponta-semi-mínima!
Dada a razão de minha alegria, comecemos do começo.
Decidimos, aliás, o diretor deicidiu, montar Shakespeare, "Muito barulho por nada", e com aprox. 20 atores, foi realizado no último encontro a famosa e tensa divisão de personagens.
Esse ano a coisa vai ser grande porque o grupo comemora seus 2o anos de existência e muitos antigos voltaram para dar o ar de sua graça.
A divisão não é nada democrática aqui. Não existe um período de testes e improvisações, onde todos podem experimentar um pouco de cada personagem que interessa. O diretor chega e fala: Você faz isso e você isso. O que também significa que se você é fofa e meiga, vai SEMPRE fazer a mocinha e se você já é mais Diva, ganha SEMPRE o principal. O problema foi que, desta vez, várias divas estavam presentes e virou "O duelo de Titãs".
A peça tem uns 20 personagens, sendo destes apenas 4 mulheres. E do elenco que se apresentou apenas 6 homens. Até aqui não haveria problema algum. Lembro você que já montamos "O Processo" com 3 homens e várias atrizes que vestiram as calças compridas!
A questão é que algumas das divas alemãs, não sei porque raios, se recusam a fazer papéis masculinos. E por isso a divisão de personagens foi tensíssima. Maravilhosamente tensa. Deliciosamente tensa.
Por que? Porque eu assistia a batalha de camarote (já que no momento, devido a minhas habilidades Linguísticas, devo limitar o meu infinito talento a pequenos papéis) e, portanto, eu não integrava o grupo de leoas famintas na caça da Protagonista. Aliás, retiro a parte das leoas. Até onde eu me lembro, as leoas caçam juntas e essa luta era cada um por si e Shakespeare pra todos!
Quase todos. Três das divas decidiram não mais participar do espetáculo quando não tiveram seu valor reconhecido. Uma delas até enrubesceu (coitados dos que enrubecem, pois não podem nem disfarçar), levantou, cochicou algo no ouvido do diretor e saiu. Saiu acabada, com uma cólera tão grande que se não se retirasse, seria capaz de enforcar com as próprias mãos sua amiga fiel, agora traidora. Aquela que não levou em consideração que a diva sempre lhe dava carona e tomou as chaves do seu carro, levando embora a tão disputada Beatrice. Fora por demais desrespeitada! Só porque está na flor dos seus 46 anos e não entra, por mais que tente, na roupa apertada da mocinha, muito menos combina com seu par romântico de 20, não pode ser descartada assim!
A outra diva, depois de alguns minutos pensando, disse que então ela faria o papel do Rei, mas que ele não seria mais homem e sim uma mulher ciumenta que odeia a Beatrice (sua protagonista antes almejada). Ela não se conteve, mandou Shakespeare pro espaço e criou a própria história a fim de se salvar. A sorte é que nosso diretor, ainda que não dos mais confiáveis, teve bom senso e já cortou as asasinhas da nova autora logo no começo.
O mais engraçado e desproporcional foi quando eu recebi os meus 2 guardas! Não pude disfarçar minha animação de ser promovida de carteiro, para guarda, ainda mais 2! Vou ser 2 personagens ao mesmo tempo e meu rosto será maquiado cada metade de um jeito diferente. Assim, na medidade que sou um ou outro é só mudar de lado. Um tremendo desafio!!! E ainda em alemão!!! O pessoal só pensava: Por quê essa louca, que é atriz profissional, está feliz por interpretar essa ponta-semi-mínima?
Outra coisa interessante é que ninguém acata de primeira o que o diretor disse. Todos, ao receberem seus personagens, pediam alguns minutos para responder se aceitavam ou não. E sabe o que eles iam fazer? Contar no texto o número de páginas que seu papel aparece.
Ó Meu Deus do céu!!!
Quando eles vão aprender que não existem pequenos papéis e sim pequenos atores?
Enfim, foi uma noite deliciosa! Ahhh que saudade que eu estava desse mundo teatral, dessa cosquinha na barriga antes de começar uma nova produção, de sentir esse cheiro de ator com cú queimado (desculpem mas a expressão é essa mesma)! Esse é meu mundo e agora estou me sentindo um pouco mais em casa!


Naturalmente que me tranquilizo por saber que é tempo limitado, pois já carrego um sobrenome que espero levar pra sempre!
Jaquelina Geralda

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Descoberta chocante

Estou quase certa de que na Alemanha não existe ligação a cobrar, ou se existe, nunca ninguém ouviu falar!
Isso prova o lance cultural da riqueza! Aqui se parte do pressuposto de que a pessoas sempre têm celular COM crédito ou no mínimo moedinhas para ligar pro amigo do orelhão.
Agora me diz, você consegue imaginar nosso Brasilzão sem a boa e velha ligação a cobrar?
Não dá... É inconcebível!