Não quero mais a neutralidade. Quero assumir minha realidade e me expor e vencer o medo de errar que bloqueia o movimento e a criação. Quero pecar por excesso.

Esse blog é isso. Um exercício de Libertação.








quarta-feira, 24 de março de 2010

Dileminha 2

Escrevo agora sobre Budapeste enquanto a memória ainda está fresca ou deixo o tempo passar, romantizar e colorir minhas lembranças vividas? Esperarei. O Realismo é muito sem graça.

Uma frase da crônica da Clarice chamada As Pontes de Londres:
Achei muito natural estar na Inglaterra, mas agora quando eu penso que lá estive meu coração se enche de gratidão.

Sei que quando eu for embora vou me lembrar disso tudo como se tivesse sido um sonho. E vou sentir uma falta danada do que nem imagino.
Hoje apresentar "Números" me parece um sonho. E saber que tantas vezes eu tinha preguiça de montar o cenário!
Amigos... agradeçam a oportunidade de cada santa apresentação.

Dileminha

Obedecer às regras gramaticais na medida que conheço ou escrever erradinho, gostosinho, ui ui?
Essa dúvida veio do post anterior na frase: Senti-me tão preenchida....
Tá errado começar a frase com pronome.

Acontece que senti-me é tão formal...
E aí se eu decidir escrever tudo certo na medida do meu possível, eu já errei ali em cima.

Está errado começar a frase com pronome.
HUMMM.... e agora José?

Aprendendo

Estou aprendendo a me divertir sozinha!
Tenho uma bicicleta nova e ontem decidi passar minha tarde na beira do rio. Eu, a bike, minha esteira, uma almofadinha e um livro da Clarice que estou lendo desde janeiro e que não acaba nunca, Graças a Deus.
Depois fui fazer uma trilhazinha na beira do rio que segue na direção do aeroporto e nesse momento eu experimentei a felicidade suprema. Ao som de magamalares fui pedalando contra o vento, sem lenço e sem documento, curtindo o Sol da primavera. Senti-me tão preenchida e grata que quase chorei.
Às vezes fico pensando o que será que eu fiz para merecer tanto. Devo ter sido uma santa na outra vida, não é possível! Sou muito privilegiada.

sexta-feira, 19 de março de 2010

As tulipas da minha sala


Eu queria que minhas tulipas durassem para sempre.
Fascinante é a palavra.
Meu... Deus é um puta de um artista!
Eu nunca entendi direito essa cultura alemã de comprar flores para uso pessoal. No meu limitado horizonte só se compra flores para dar de presente.
No entanto, essas tulipas eu comprei com meu pai no supermercado. E elas estão me proporcionando uma sensação inexplicável que se sente ao entrar em contato com o belo.
Meu encatamento é tanto que se o Tato não estivesse do meu lado, eu seria capaz de comer um botão. Porque é tão belo que eu quero mais e daí dá até vontade de comer, pro belo ficar dentro da minha barriga.
Tá vendo? É bom morar aqui para descobrir essas coisas. Eu nunca teria tulipas como essas no Brasil sem que fossem presente de alguém ou sem que fosse uma ocasião especial.
Eu não consigo parar de olhá-las. É inexplicável.
O engraçado é que elas não têm perfume. Acho que já são tão lindas que nem precisaram de mais nada. Foram feitas para os olhos.
Sublime. Tenho o sublime dentro de um vaso na sala da minha casa. Que na verdade, nem vaso é, e sim uma caneca alemã de cerveja gigante.
Compre tulipas... juro que não vai se arrepender!

Importa se eu queimar meu filme?

Voltando com a coragem enferrujada.

-Nem tudo que passa pela sua cabeça é uma boa idéia.
-É verdade.

Me senti meio tonta e envergonhada por ficar escrevendo tudo o que me dá vontade. Mas aí eu reli a apresentação do blog e me fortaleci novamente com a idéia de que escrever é um exercício de libertação. E que está sendo muito importante reaprender a me livrar do julgamento alheio. (Reaprender porque antes de entrar na faculdade eu me achava um talento nato e era meio sem noção. Não tinha vergonha de nada e saia fazendo as coisas. O que mudou totalmente no fim do curso, pois com o senso crítico desenvolvido, não conseguia criar mais nada. Nada era bom o suficiente).
É preciso coragem para assumir o que você é e as coisas que realmente te interessam, porque aí você estará nuzinho sem proteção. O que paradoxalmente te fortalece porque você se torna mais você mesmo.
Então estou aqui de novo. Não para agradar ninguém, nem para desagradar também. Estou aqui porque escrever me faz bem. (Rimou)
E porque eu tenho coragem.
Pode me julgar. Não me importa. Na verdade importa, mas eu estou lutando para não importar. Porque eu quero ser artista, eu quero me doar, e não posso me doar sem antes possuir-me. (Amigos, de quem era essa frase mesmo?)
E afinal isso é um blog né? Entra quem quer, lê quem quer. Você não pagou um ingresso, nem saiu do conforto da sua casa e está sentado na minha platéia. Isso me livra da responsabilidade da qualidade do produto.
Gostaria de informar que você está lendo nada mais nada menos que o meu diário. Diário que eu narcisamente torno on-line. Porque é muito mais legal escrever para alguém ler. E porque eu tenho necessidade de me relacionar.
Acho que é isso.
Passemos então para o próximo post.

terça-feira, 2 de março de 2010

Justificativa de ausência

Estou ocupada vivendo!!!

Não me sobra tempo para pensar. Nesse momento só vivo e sinto e desfruto a companhia do meu pai.

Volto nos meus dias solitários.