Não quero mais a neutralidade. Quero assumir minha realidade e me expor e vencer o medo de errar que bloqueia o movimento e a criação. Quero pecar por excesso.

Esse blog é isso. Um exercício de Libertação.








domingo, 15 de abril de 2012

O dia em que eu quase nadei em Pompéia e...

... não perdi o bom humor!

Esse, mais do que um post sobre as ruínas da cidade devastada pelo vulcão, é um post sobre viajar bem!

Durante essas mini-férias em Nápoles, pude perceber o quanto eu e o Tato amadurecemos no tema viajar! Porque é preciso dizer: nosso passeio poderia ter sido um fiasco devido à chuva incessante, mas foi maravilhoso como todos os outros!

Numa viagem de extremos como essa (momentos muuuuito bons e momentos difíceis) o importante é nunca perder o bom humor e ser flexível ao acaso. Devemos lembrar sempre que estamos passeando de férias e que tudo vale a pena para se conhecer um pouco mais do mundo. Não importa se passei metade do meu sábado e do meu domingo com os pés encharcados dentro do sapato encharcado. Não importa se eu fiquei um tempão parada no trem indo pra Pompéia ou se quase vomitamos no barco a caminho de Capri porque o mar estava muito bravio. Não importa nada disso porque os momentos bons compensarão o sacrifício desses pequenos imprevistos. Tudo vale a pena se alma não é pequena!

E nós conseguimos!!! Conseguimos tirar leite de pedra. Quer a prova? No sábado à noite comendo em um super restaurante italiano tivemos a espontaneidade de brindar “à chuva que nos traz os bons alimentos”! Siiiiiiiiim meus amigos, brindamos aquela mesma chuva que nos molhou o dia inteiro. Tá certo que estávamos no ápice da felicidade comendo uma Caprese fantástica... mas brindamos de coração! E esse deve ser o espírito do viajante... ou pensando maior... do ser humano: Always look on the bright side of Life! Tchuru tchuru tchurururu!


Agora, vamos ao relato da nossa aventura em Pompéia.

Chegando à estação de trem, compramos os tickets, alugamos um áudio-guide mais mapinha das ruínas, abrimos lindos nossos guarda-chuvas e lá fomos nós entrar na cidade.


Entrada das ruínas na Porta Marina

Primeira impressão: Meu Deus como isso é grande. O lugar é de fato uma cidade. Quando se houve falar em ruínas, ninguém imagina que o negócio é gigantesco assim.

Restos da Basílica

E aí começam os contratempos de passear debaixo de um dilúvio. Eu não sabia se ouvia o guia auditivo, procurava os pontos no mapa (que foi virando uma pasta colorida de modelar), segurava o guarda-chuva ou tirava fotos. Socorro! Depois de algumas tentativas inúteis em entender em qual ponto eu estava, e aproveitando que a coisa era uma pasta mole molhada, fiz dele uma bolinha e arremessei sem dó no primeiro latão de lixo. Desencanei. Decidi comprar nas barraquinhas da saída um bom livro sobre a história de Pompéia com fotos e pude então desfrutar a atmosfera de uma cidade muito muito muito velha. Aí tudo ficou gostoso de novo!


Muita chuva a caminho do anfiteatro

Impressionante ver os primeiros grafites, as paredes grossas de pedra, o tamanho pequeno das casas populares. Mais impressionante ainda ver as “estátuas” das pessoas na posição que elas morreram. Pra quem não sabe o que aconteceu com Pompéia foi o seguinte:

A cidade pertenceu outrora ao Império Romano e foi destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio em 79 d.c, que provocou uma intensa chuva de cinzas, sepultando completamente a cidade. Ela se manteve oculta por 1.600 anos, até ser eventualmente reencontrada em 1749. Cinzas e lama protegeram as construções e objetos dos efeitos do tempo, moldando também os corpos das vítimas, o que fez com que fossem encontradas do modo exato como foram atingidas pela erupção. (Wikipédia)

Alguns dos primeiros registros de grafite da história

Detalhe na pessoa tampando o nariz

Esta pessoa também cobria o rosto

É curioso também ver os caminhos de pedra que ligam uma calçada a outra. Isso existia porque pelas ruas fluía constantemente água (para lavá-las do esgoto) e assim os moradores não molhavam os seus pés.


Depois de algumas horas de caminhada e muitos litros de água na cabeça, saímos das ruínas e fizemos uma pausa logo no primeiro restaurante da rua, cheio de Limoncellos inacreditavelmente grandes! Uau! Com um só daqueles se faz caipirinha para uma festa inteira! Tomei uma limonada deliciosa e aproveitamos para almoçar.


Hummm que limonada! Difícil de ver, mas estou segurando minha pequena souvenir!


Beringela a parmegiana

A idéia inicial era então subir dali para a boca do Vesúvio, mas naquele dia nem os ônibus turísticos estavam subindo. Só se fosse com a arca de Noé. Apesar de o vulcão ficar do ladinho da cidade, não era possível ver 1 cm do seu tamanho colossal devido a intensidade da neblina.

O projeto de sentir a energia de um vulcão debaixo dos meus pés foi adiado para próxima oportunidade! Hora de voltar para Nápoles e passear pelas ruas do centro da cidade.

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