Não quero mais a neutralidade. Quero assumir minha realidade e me expor e vencer o medo de errar que bloqueia o movimento e a criação. Quero pecar por excesso.

Esse blog é isso. Um exercício de Libertação.








sábado, 14 de abril de 2012

Nápoles e minha Páscoa Gastronômica

Se você me perguntar o que eu fiz em Nápoles, a resposta é bem simples: Eu comi. E como comi bem!

Ahhh que maravilha que é comer comida italiana de verdade, fora do centro turístico e longe daqueles restaurantes caros com comida congelada para pobres viajantes desinformados. Essa foi a maior vantagem do meu Hotel Mercure Garibaldi, que apesar de se situar numa área um pouco tensa da cidade, fica pertinho de restaurantes fantásticos! Nossa receita nesse caso é simples: não sair caminhando a noite com coisas que não se quer perder. É só evitar situações desagradáveis.

Comecemos então pela antica pizzeria da Michele, uma fila de 1 hora e meia e uma pizza marguerita individual gigantesca de cincão, que valeu todo o sacrifício da espera! Restaurante antigo e pequeno, ambiente simples, paredes descascadas.

Do alto de seu altarzinho logo acima do forno a lenha, observa-me um santo que divide a parede com uma foto da Julia Roberts abocanhando um pedaço de pizza feita por eles mesmos. Nas outras paredes encontramos retratos dos fantasmas de mil oitocentos e bolinhas, os fundadores do restaurante. Ali o negócio é tradicional! E vale a fama! Santo Rick Steves que fez um filminho divulgando o local! Ali se come a melhor pizza marguerita da vida com a melhor mussarela de búfala do universo, acompanhada por folinhas frescas de manjericão em cima de uma massa fininha fantástica, regada ao molho de tomate de verdade.

O restaurante é tão tradicional que só serve dois sabores de pizza: marguerita e marinara (sem queijo). Isso mostra o quanto os ingredientes são frescos e nada é congelado. Esses tempos, ouvindo umas entrevistas com uns experts em cozinha, aprendi que quanto menor o cardápio de um restaurante, mais fresca é a comida, porque eles não fazem estoque.

Aprendi também que a Pizza Marguerita celebra as cores da bandeira da Itália: verde = manjericão, vermelho = tomate, branco = mussarela. Não é engraçado?

Aliás... meu Deus do céu... o que será que têm de especial essas búfalas da região de Nápoles? Porque a mussarela é tão cremosa que derrete na boca?

Uma boa pedida para saborear ainda mais essa bolota branca dos deuses é pedir uma salada Caprese ( a palavra vem de Capri. Não é legal?): mussarela fatiada com rodelas de tomate e folinhas frescas de manjericão, acompanhadas por pão italiano e um bom azeite! HUMMMM. Esse foi o nosso antipasti (entrada) no restaurante pertinho do hotel chamado Ristorante Pizzeria da Donato. Que maravilhosooooo que foi! Bom e barato! Santo Trip Advisor!!! Todo mundo antes de viajar devia entrar nessa Homepage, porque lá estão dicas óteeemas. Se fosse pela aparência externa talvez não tivéssemos escolhido esse local pra comer e, no entanto, foi o melhor de todos.

Agora vamos falar de algo ruim. A decepção gastronômica da viagem: o tal do licor “desinfetante” de Limoncello, que nem misturando com um pouco de água com gás melhora. Famoso e ruim deve ser provado por qualquer viajante que deseja tirar suas próprias conclusões. O povo de lá adora e toma, na maioria das vezes, após as refeições como um digestivo. Ou seja... quem sabe vc não é um italiano nato e curte o negócio! Pois eu curti mesmo foi outro licor. Na verdade eu me apaixonei por outro digestivo que devia levar a fama e injustamente não a tem: Licor de crema de Meloncello. Tomei numa tassinha trincando de gelada e pareceu que eu estava bebendo o néctar dos deuses! Até comprei uma garrafa pra levar pro Brasil!

Esse foi o Limoncello... difícil tomar tudo!

E esse foi o Meloncello... MARAVILHOSO!

Ainda experimentamos doces deliciosos e tradicionais em uma cafeteria de um tio italiano simpaticíssimo. O pessoal da cidade é muito aberto e não perde a oportunidade de prosear, principalmente quando dizemos que somos brasileiros. Aí o negócio é falar de futebol com o Tato. Esse foi um dos momentos em que mais me senti na Itália: tomando um expresso e experimentando o Sfogliatelle (massinha folhada com creme de ricota e laranja dentro) e o Pastieri (torta que só se encontra na páscoa) com direito ao dono do café nos explicando com a maior atenção do mundo do que cada doce era feito. Os dois foram divinos, difícil eleger o melhor.

Detalhe: Observe o tio legalzinho tirando a foto!

Engordando ainda mais um pouquinho, comi no aeroporto voltando pra casa um tal de Babá, um bolo em forma de cogumelo embebido em licor, no caso, o Limoncello. Não é ruim, mas acho que prefiro ganhar essas mesmas calorias com outra coisa. Um gelato, por exemplo, daqueles beeeem cremosos.



O melhor da Itália: Gelato!

Bom... acho que agora chega de comida! Estou pagando caro na academia pelas minhas calorias italianas. Voltei pra casa com uns quilinhos a mais e 2 pacotes de macarrão tagliatelli caseiro na mala... huhuhuhu


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