Não quero mais a neutralidade. Quero assumir minha realidade e me expor e vencer o medo de errar que bloqueia o movimento e a criação. Quero pecar por excesso.

Esse blog é isso. Um exercício de Libertação.








segunda-feira, 3 de maio de 2010

Pina Bausch

Não sei quantas pessoas interessadas em teatro lêem o meu blog, mas não custa nada tentar!
Eu fui assistir a um espetáculo dela na sexta-feira, chamado Masurca Fogo.
As pessoas saem maravilhadas e apaixonadas pelo gênio do teatro-dança.
Eu gostei muito do espetáculo, mas não foi a experiência maravilhosa da minha vida.
Porque vocês que gostam de Pina Bausch saem maravilhados?
Essa pergunta é totalmente sincera. Sem qualquer entonação crítica no meio. Conta pra mim o que você vê pra eu poder ver também?

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Obs nada a ver com o assunto: estou apavorada de medo de estar falando sozinha e ninguém me responder.... uahauhau (isso não é uma risada gostosa, é nervosa). Tipo... a nega toda engajada acha que as pessoas estão lá, quer montar debates, enquetes e na verdade não está falando com ninguém.
Tudo bem... com um pouco de resistência... eu publico esse post... AGORA... vai vai Jaquelina, clica o botão. Não tenha medo de ser você!
Ai meu é isso aí. Eu tô nesse mundo pra aprender e busco com toda minha sinceridade a verdade. E se ninguém estiver ouvindo, valeu a tentativa da busca :)

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Assim que acabou um dos solos mais longos, quando minha mão, sobre o parapeito da sacada, já não aguentava mais apoiar o peso da minha cabeça racional, a mulher do lado moveu-se toda para aplaudir desesperadamente o artista. Durante a coreografia, ela segurou o aplauso como quem segura a respiração e exatamente no segundo que sucedeu o fim da cena, antes que o próprio dançarino concentrado se desse conta que realizara sua difícil coreografia, ela explodiu. Explodiu desesperado o impulso que quase não se conteve até o fim da dança, tamanha beleza do que se viu.
E eu me encolhi na cadeira da minha ignorância. HUMMM. Acho que não entendi, aliás, não vi, ou não senti.
O que será que ela viu com seus olhos artisticamente treinados?



2 comentários:

  1. Sabe, partilho companheira!!
    Não sei esse aí que vc viu... mas Tales e eu fomos ver o Café Muller (não sei se escreve assim) e o sagração... do primeiro ficaram poucas coisas (a luz maravilhosa, as corridas e tropções das mulheres, algumas figuras interessantes, mas nada arrebatador), mas a Sagração... ai ai ai!!
    Pra mim é aquilo que o Mallet fala do Bethovem, que perguntaram o que ele queria dizer com a Nona, ele foi disse: Queria dizer isso: (e tocou tudo de novo). Quando o negócio acontece não precisa de treinamento artístico pra reconhecer, não precisa ser letrado na linguagem para ser arrebatado. Aquilo foi único! Se não me engano, o Tales até chorou!!! E não me senti confusa, não me perguntei em nenhum momento o que aquilo queria dizer... fiquei deliciosamente sentada, assistindo, como uma espectadora presenteada!

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  2. Jaque,

    a tempos estou para te responder sobre isso, descurpa a demora e a falta de comunicação,
    enfim,

    acho que concordo com a Jubs, fui assistir aos mesmos que ela viu...o primeiro, o do Café, foi gostoso de ver como uma coisa que vc vai descobrindo que existe, pois eu nunca tinha visto dança desse jeito que parecia me contar uma história. Gostei disso, mas senti um bocado de sono também.
    Agora, o segundo, o da sagração, era um treco meio que não tem explicação....era muita gente e a força do coletivo tudojunto foi o que mais me emocionou...talvez porque eu estivesse e esteja até agora muito tocada e pensativa sobre essa coisa de coletivo em teatro, de viver em grupo. Sabe um negócio que te tira o fôlego, que passa de repente e acontece? Foi assim.
    E isso me deixou arrebatada, maravilhada...agora não sei de todo o resto da obra dela...é isso.

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