Não quero mais a neutralidade. Quero assumir minha realidade e me expor e vencer o medo de errar que bloqueia o movimento e a criação. Quero pecar por excesso.

Esse blog é isso. Um exercício de Libertação.








domingo, 2 de maio de 2010

Mais Gustavo Corção... mais "Lições de abismo"

Na vida o que mais se vê é o erro do outro. Cada indivíduo é um espetáculo, e cada grupo uma platéia. Às vezes se torna tão nítido que se isola, como ao centro de um picadeiro improvisado, o involuntário artista.
(...)
O cômico, como Bergson tão bem assinalou, supõe o social, isto é, supõe a possibilidade de imaginar um picadeiro para o personagem que se singulariza e uma arquibancada para os seus juízes, que pronunciam às gargalhadas o seu curioso veredicto.
Quem será então que se ri desse generalizado espetáculo que envolve três bilhões de palhaços? Às vezes nós conseguimos a ilusão de um camarote confortável que nos permita rir dos outros. Mas de onde vem esse eco, essa ressonância de um riso muito mais poderoso do que o meu? Quem está aí? Quem está por aí, nessas cadeiras vazias, a rir-se de mim?
O mundo é um circo em que a arena e as arquibancadas são relativas. Três bilhões de atores mal ensaiados passam a vida a divertir-se, cada um apontando no outro o rabo de papel. Ou a trave no olho.

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