Não quero mais a neutralidade. Quero assumir minha realidade e me expor e vencer o medo de errar que bloqueia o movimento e a criação. Quero pecar por excesso.

Esse blog é isso. Um exercício de Libertação.








sábado, 27 de agosto de 2011

Crônicas e borboletas ou vagalumes

Estou adorando ler crônicas.

Meu atual: "As cem melhores crônicas brasileiras" seleção de Joaquim Ferreira dos Santos.

Pessoais e descompromissadas me transportam para as mais diferentes situações de um cotidiano sensível. Cheio das sutilezas e do bom humor.

Gosto tanto que também sinto vontade de escrever.

Na verdade, os posts dos blogs nada mais são do que crônicas com menor qualidade literária.

Então eu já as escrevo?

A questão é que eu queria fazer como eles: compor linhas que fizessem bem pras outras pessoas. Linhas saborosas. Gostosinhas. Deleitáveis. Juro que não precisava ser uma obra-prima da Linguagem. Mas tinham de ser um miniminho boas. E aí quando desce o senso crítico, meu bem, nada sai.

A vontade tá aqui. O tema também tá aqui, eu consigo senti-lo, mas não sei por que não consigo capturá-lo. Como uma borboleta que fica voando dentro de mim e não há meio de tocar com as mãos, ou melhor, com as palavras. O cérebro é muito quadrado pra borboleta. Talvez ela tenha medo de virar palavra e não poder mais voar porque a forma a prendeu. Eu, no entanto, insisto nessa caça. Porque é gostoso ler uma coisa que toque. Se eles não escrevessem, muito ficaria para sempre nas concavidades abstratas de seus autores, no paraíso das borboletas. E não haveria literatura. A arte de combinar palavras. Esse tricô alfabético sintético poético.

Ahhhhhhhhhhhh entendi!!! Quando se consegue capturar a borboleta com a palavra certa, ela não se fere e continua batendo asas. E não só isso... os outros, que a leram, voam também.


E isso tudo é um tremendo de um assunto batido. Será que se eu dissesse joaninhas em vez de borboletas pareceria um pouco mais original? Ou ainda mais criativo... um inseto nada citado... uma ... uma... Maria fedida não dá porque o sobrenome é muito depreciativo... um... um besouro... um vagalume. UM VAGALUME! uuuu Vagalume é bom! Vagalume é luminoso como as idéias! Fica então vagalume no lugar de borboletas!!!

Problema criativo resolvido. huhuhuhuh

O tema? Os grandes temas são sempre os mesmos.

Fuiiii!!!

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