Sevilha é uma cidade grande
com um ritmo um pouco mais agitado que Córdoba. Amarelo mostarda, branca e
vermelha. Cheia de sacadas. Quente! Alto Astral! Barata!
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Caminhando da Plaza Del Toro
para a catedral encontramos um restaurante super gente fina e movimentado. Azulejos
típicos na parede, pernas de porco pra um lado, cabeça de Touros pro outro. Olé...
é aqui mesmo que nós vamos comer. Sentamos no balcão debaixo da fileira de
Jámons e pedimos uma porção de azeitonas para acompanhar nossas cervejinhas
geladas como as brasileiras. HUMMM eu diria que essas azeitonas espanholas são
o puro creme do milho verde. Carnudas e gigantescas pareciam até umas ameixas fruta
de tão grandes. Chegou a primeira conta (no balcão paga-se tudo na hora) e
fizemos a feliz constatação de que o copo de breja só custava 1,20 euro.
Siiiiiiiiiim, meus amigos! Nós moradores da Alemanha nem lembrávamos mais o que
era sentar num barzinho e beber cerveja sem ter que fazer a conta na cabeça pra
não sair falido. Foi uma fartura sem fim.
Partimos de novo com o busão turístico e descemos na Plaza de España. Antes mesmo de ver o local, eu me deparei com um homem que fazia caricaturas por apenas 5 euros. Nossaaaaaa, foi a realização de um sonho! Sempre quis ser desenhada ao vivo e a cores por um tio sem dente de praça igual aquele, mas era sempre tudo tão caro que eu acabava desistindo. Agora a vida me dava uma oportunidade dessas por cincão? Nem que o desenho não parecesse eu mesma... já valia a pena. Não pensei duas vezes e sentei no banquinho. Enquanto ele desenhava, eu tentava ler pelos olhos do Tato como é que eu estava ficando. O tio demorou só 5 minutos. Ainda bem... porque minha boca já estava dura de tanto sorrir. Finalmente ele disse que eu podia levantar e observar a figura. Hummm. Ok. Sorriso amarelo. Num primeiro momento eu diria que não parecia muito comigo. O artista, no entanto, brilhava satisfação ao lado de sua obra. Aí, para não ficar frustrada, formulei o pensamento consolador: as pessoas podem ter bloqueios mentais em relação à caricaturas de si mesmas e talvez, de fato, os outros me vejam desse jeito. Bom ou não, sou eu! Além do mais, ele me pintou com um vestido de flamenco, ou seja, realizou dois sonhos num só. Paguei satisfeita. Fiz um rolinho para o papel não amassar e caminhei o resto do dia feliz da vida, cheia de cuidados com aquele canudo.
Agora voltemos para a praça
que ficou lá paradinha nos esperando, enquanto eu contava que fim deu minha desgraça. Que lugar maravilhoso!!! Gigantesco, cheio de azulejos pintados à mão,
elementos árabes, pontes venezianas, cavalos puxando charretes carregadas de
turistas, uma fonte de água fresca. Tudo isso com uma cor especial de 38 Graus.
Amei.
Fazendo o 4 em homenagem ao nosso aniversário de casamento. |
Hora de continuar o passeio.
E lá vamos nós torrar o coco no banquinho do ônibus turístico até a próxima
atração. Para não dizer que minto, aí está a prova.
Demos uma volta quase
completa pela cidade toda, passando até por um lugar onde tinha um foguete. Aí,
não sei se foi por causa do bafo do calor ou do balancinho do ônibus, o melhor remédio de dormir do mundo, fomos dominados por uma leseira
invencível. Dessas que se passa a olhar com um olho só pra economizar energia.
Descemos na praça perto do Hotel como dois peregrinos que caminham a semanas no
deserto sem água. Eram ainda 19:00. Muito cedo para dormir. Sentamos então num
barzinho no meio das árvores e tomamos um vinho tempranillo espanhol,
desfrutando cada segundo da noite quente de verão. Em algum momento começou a
tocar uma banda no meio da praça e tudo virou uma festa. Parecia balada no
gramado da Unicamp. A banda tocava músicas parecidas com o do Beirut e o povo
dançava sem medo. Jantamos dois pratinhos de Salmorejo (Sopa de tomates com pão
e ovo cru. O ovo eu só descobri depois, o que confesso, deu um certo revertério
nas minhas células traumatizadas pela salmonela). Na ocasião, porém, lambi até
os beiços.
No dia seguinte, tiramos a
manhã antes de embarcar para conhecer o Real Alcazar. Fantástico!
A construção
com mais elementos árabes que vi até então. Parecia que tínhamos saído da
Europa direto para o Marrocos ou para as Arábias. Só faltava mesmo um sultão gordo sentado numas almofadas coloridas e, é
claro, o gênio da lâmpada.
O palácio era todo detalhado com paredes milimetricamente esculpidas, mosaicos, arcos, pilares. Seus jardins eram quase infinitos de tão grandes. Um lugar completamente fotogênico. Por isso economizemos palavras, já que as imagens valem por mil delas.
Para finalizar almoçamos nos
arredores do Alcazar um prato com 7 tipos diferentes de Tapas, acompanhados por Sangria e Cervejinha.
Viagem maravilhosa para
fechar com chave de ouro nossos 4 anos na Europa!
Poxa! Que legal! Fico muito feliz com seu comentário. Feliz de saber que alguém além da minha família e amigos também gosta da minha escrita :)
ResponderExcluirJá espiei o seu blog e achei muito interessante. Vou passear por ele no fim de semana com mais calma!
Sucesso e bom divertimento nessa vida de blogueiro.
Abraço
Jaqueline
Jaque querida, nada mal heim,foram 4 anos bem vividos na Europa!
ResponderExcluirQue bagagem vc estará levando!
Maravilha!
bjs