O mundo atrás da minha janela da sala me chama constantemente a atenção. E aí, do sofá, eu levanto e vou até a janela com objetivo de contemplá-lo, mas não sei porque motivo eu nunca consigo. Sempre me perco no meio do caminho. Acho que é porque o mundo é muito grande e minha visão não abarca. Já do meu cantinho do sofá, eu o vejo através da moldura da janela e aí ele cabe em mim. É abarcável. É como se fosse necessário recortar para enchergar. Pensando bem tudo é meio assim: uma boa foto é nada mais do que um bom recorte do todo que se vê, um bom texto é um bom recorte do todo que se vive. Focar para expandir, como diria o bom, velho e peludo Marcelão na aula de improvisação!
Muito complexo?
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Será que eu nunca vou refletir sobre a beleza e o tamanho do amor que eu sinto pelo Tato porque eu vou estar sempre dentro da coisa? Para se ver algo melhor é preciso certa distância e acho que meu amar é constante, eterno. Então só resta sentir mesmo. Sentir sem entender. É que eu queria ter o luxo de saber como é que é, mas se eu tiver que abrir mão de agir-amar para contemplar, ai não vai dar né?
Muito complexo?
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