Quem visita a região da Bavária no mês que precede a
Oktoberfest, depara-se em quase toda santa vitrine de loja com os trajes
tradicionais: Dirndl e Lederhose.
O Dirndl é um conjunto formado por um vestido rodado,
blusa rendada branca e avental. Lembrou da imagem? Não? Então imagine você uma
avózinha de estória infantil, daquelas que assa muffins. Ela estará
provavelmente vestida de algo análogo a um Dírdo (Desculpe caro leitor, mas eu
preciso da licença poética. A palavra é tão difícil de pronunciar que acaba
atravancando meu pensamento).
O Dírdo é um traje, digamos, bem eclético. Serve tanto
paras as senhoras mais reservadas como para as meninas mais espevitadas. Se o
avental é inevitável e o rodado do vestido impede uma visão mais precisa das
curvas não dianteiras, o negócio é extravasar por outro ângulo. Outros ângulos.
Em alguns faltam uns centímetros no cumprimento. Em outros sobra material
humano no decote. E assim, todo mundo sai feliz. Principalmente os de
Lederhose.
Um detalhe interessante de saber e que
auxilia muito o quesito paquera é o seguinte: o lado que a mulher coloca o laço
do seu avental significa se está livre ou não. Laço na esquerda: solteira. Laço
na direita: comprometida. Laço atrás: viúva.
Falemos agora da Lederhose. Ela nada mais é do que uma
calça masculina de couro toda bordada. Na maior parte das vezes possui um
suspensório e é usada com uma camisa xadrez tipo toalha de piquenique.
Acompanham ainda meias de lã e, não raro, polainas de batata da perna. Dado o nome aos bois, vamos ao que interessa, afinal o objetivo desse post não é descrever um traje tradicional (convenhamos que bastaria a fotografia). Nãããão. Esse post é muito mais que isso. Ele é um “achado” na vida de algumas turistas que, como eu, morrem de vontade de experimentar o Dírdo e não querem pagar 100 euros para fazê-lo. Um jeitinho brasileiro de fantasiar-se de alemã.
Tudo partiu da Marina Maceió, minha amiga. Eu sou meio
cagona pra conseguir pensar sozinha numa proeza dessas. Ela, no entanto, é o
tipo de pessoa que tem uma naturalidade aventureira, ou melhor, uma liberdade
corajosa. E a idéia de entrar na C&A e escolher o Dírdo mais bonito para
fazer fotos no provador nasceu com cara de idéia óbvia. O que não era. É
verdade que nossa ação passa longe de ser um crime, mas o receio de tomar uma
bronca da mulher da loja me fez sentir o gostinho do fora da lei.
Foi divertidíssimo e aí está a recordação kostenlos (de
graça) do nosso passeio em Munique.
Dois anos mais tarde, apresentando a cidade para uma outra amiga, detecto em meu coração uma vontadezinha de vestir novamente o tal vestido. O desejo não nega esse sangue de atriz, que ferve por um figurino diferente. Por perucas então... sublima! Fiz a proposta indecente pra Rafaela, ela topou e lá fomos nós na C&A brincar de fantasia.
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Par de vasos! rsrsrrs |
Apesar do Dírdo não ser lá muito do meu gosto, acho louvável uma tradição que permanece tão viva ao longo dos anos. Com certeza se eu fosse alemã teria meu exemplar. Sendo, porém, brasileira fico com os baratinhos da nossa festa junina!
A-M-E-I! Tanto rever nossa aventura agora quanto vivê-la a dois anos atrás! Foi demais! Agora não vejo a hora de vc chegar pra vivermos novas aventuras por aqui!!!
ResponderExcluirBjs imensos
Marina
kkkkkkkkk
ResponderExcluirAi jac vc nao existe mesmo!
Mas eu nao entendi uma coisa, como vcs acharam essas roupas na C&A?? É normal?
Cris essa época do ano, toda e qq loja que vende roupa, passa a vender os trajes da festa! Uma loucuraaa!
ResponderExcluirahhhh taaaa aí simmm rsss
ResponderExcluirIsso ai não é traje tradicional bávaro... apenas uma paródia da indústria da Oktoberfest que barateia tudo para os turistas e moradores da cidade que não se importam com a tradição! E não é "dirdo" wtf... e sim Dirndl, pronuncia-se diandl! Pesquise antes de escrever tradicional, ainda mais quando envolve uma cultura tão farta comk a bávara.
ResponderExcluirCaro Matheus
ExcluirAconselho que leia novamente o post antes de sair atirando um comentário cheio de ódio como o seu.
Sim, pode ser que os trajes tenham sofrido algumas adaptações ao longo dos anos, mas morei tempo suficiente na Alemanha e convivi com muitos bávaros para saber que a essência do traje continua a mesma. Tenho amigas que herdaram Dirdnls de suas bisavós e não vejo nenhuma diferença absurda nos de hj em dia.
Quato a pronúncia da palavra Dirndl, eu sei muuuuito bem como se fala. Percebi que vc é que não sabe o que significa o termo "licença poética" ou é dotada de nenhum senso de humor (releia o segundo parágrafo). Por isso aconselho que vá estudar, antes de ficar criticando assim o blog dos outros.
Não estou falando nenhum absurdo e nenhuma mentira.
Viele Grüsse